Muitas pessoas afirmaram: o show no Rio De Janeiro não funcionou como tinha que ser. Além do grande problema de congestionamento e caos, o lugar que escolheram para o show era exagedo demais no tamanho. Os efeitos de luzes não apareciam, o limão não tinha impacto, o vermelho do telão não iluminava.
Mas a banda teria mais duas chances de mostrar como era um verdadeiro espetáculo da turnê Popmart. E a cidade de São Paulo precisaria colaborar com isso. O público também. E desta vez, funcionou direito.
Na noite de 30 de janeiro, Bono disse "Obrigado por terem esperado tanto por nós. Também esperávamos por vocês". O agradecimento resumiu com exatidão a ansiedade de milhares de fãs brasileiros que aguardaram pelo menos uma década para ver o U2 ao vivo. E os irlandeses fizeram valer a espera. O que se viu nas mais de duas horas do primeiro show paulista da 'PopMart', na sexta, foi um mega-espetáculo em todos os sentidos, em que a tecnologia embasbacante não encobriu a emoção e fez apenas amplificar a música de estádio da banda. Resumindo, grande como o U2.
O Bootnafat , vencedor da edição do Skol Rock daquele ano; abriu os três shows do U2 baseando seus sets de 20 minutos em covers e músicas próprias, incluindo a campeã "Esses Caras". Tanto nas versões de canções dos Raimundos e Rage Against the Machine quanto no mix de funk e rock pesado de suas composições, a banda não conseguiu convencer em nenhum momento, apesar dos esforços de seu vocalista.
Antes da apresentação de Gabriel O Pensador (amparado pelo milhão de cópias vendidas de seu último disco e uma penca de hits tocando nas rádios) a multidão aglomerada no Morumbi já começava a conviver com uma ameaça que poderia transformar o show em algo menos glamuroso: a chuva. Relâmpagos clareavam o céu a cada minuto, até que as primeiras gotas se tornaram realidade 10 minutos antes do U2 subir ao palco. Mas não só o prenunciado temporal não veio como o glamour da "PopMart" pôde ser visto em toda a sua grandiosidade.
A versão tecno do tema de "Missão Impossível" composta por Larry Mullen Jr. e Adam Clayton deu o sinal para o início do espetáculo.
Pop Muzik se inicia. As luzes se apagam e a banda surge na multidão por uma lateral do gramado, seguindo até o palco através de um corredor feito por seguranças. Bono de roupão de boxeador com capuz e óculos vermelhos, The Edge com seu look "cowboy futurista", Adam Clayton de macacão alaranjado e máscara, Larry com seu tradicional estilo sóbrio: os quatro contra o maior telão do mundo, medindo 57 metros de comprimento por 19 de altura, circundado por um arco dourado lembrando o símbolo do McDonald's e com 33 metros de altura.
Começa o espetáculo. Mofo, I Will Follow, Gone, Even Better Than The Real Thing, Last Night On Earth e Until The End Of The World são as primeiras canções. Uma mistura de novas canções, com clássicos nostálgicos. E o público canta e vibra com tudo que vem, ainda hipnotizados pelo imenso show de cores e luzes do imenso telão.
Pop Muzik se inicia. As luzes se apagam e a banda surge na multidão por uma lateral do gramado, seguindo até o palco através de um corredor feito por seguranças. Bono de roupão de boxeador com capuz e óculos vermelhos, The Edge com seu look "cowboy futurista", Adam Clayton de macacão alaranjado e máscara, Larry com seu tradicional estilo sóbrio: os quatro contra o maior telão do mundo, medindo 57 metros de comprimento por 19 de altura, circundado por um arco dourado lembrando o símbolo do McDonald's e com 33 metros de altura.
Começa o espetáculo. Mofo, I Will Follow, Gone, Even Better Than The Real Thing, Last Night On Earth e Until The End Of The World são as primeiras canções. Uma mistura de novas canções, com clássicos nostálgicos. E o público canta e vibra com tudo que vem, ainda hipnotizados pelo imenso show de cores e luzes do imenso telão.
Agradecendo aos fãs por terem vindo, se desculpando pelo salgado preço dos ingressos, gritando "Romário" e frases em português gringo - "Ah, eu tô maluco", "e aí, galera", "e aí, paulistas" -, o vocalista busca desmanchar a imagem de pop star e se coloca ao lado do público. Na verdade, ele sabe que é um ícone e, por extensão, o que fazer e dizer para ganhar a platéia, o que não é muito difícil (está provado que experiência no show business vale, e muito). Além disso, a banda trata de engatar uma fileira de antigos sucessos, como "New Year's Day", "I Still Haven't Found What I'm Looking For" e "Pride" ("In The Name of Love"), acompanhado por um coral de 70 mil vozes aprovado por Bono.
Depois de uma versão acústica de "Staring at the Sun", Bono conta que, naquele dia, faziam exatos 26 anos desde os trágicos acontecimentos que inspiraram a antológica "Sunday Bloody Sunday". Senha para a The Edge executar a música ao violão, carregando na dramaticidade. Após "Where the Streets Have No Name", o quarteto sai de cena, deixando em seu lugar as imagem de um disco voador e uma estranha dançarina do ventre.A demora só aumenta a ansiedade, mas eis que o limão gigante ao lado do palco começa a se mexer. De dentro dele surge o U2 para detonar uma versão pesada de "Discotheque" e mais uma canção do album Pop. "With or Without" surge para reanimar o estádio, mas a banda sai do palco outra vez. A volta é em alto estilo, com "Hold Me, Kill Me, Kiss Me, Thrill Me". Nela, fica claro que The Edge é o grande responsável pela sonoridade da banda. Dono de estilo próprio e imediatamente identificável, cujos imitadores sequer chegam perto, ele pilota suas guitarras injetando peso e sutileza nas canções, sem abusar da distorção ou dos solos, sempre econômicos. Dessa vez, a velocidade das imagens de ícones pop projetadas no telão, que vão de Marilyn Monroe a Kurt Cobain - ressaltando a idéia de "mercado pop" da turnê -, fazem banda e tecnologia jogarem lado a lado.
Em "Mysterious Ways", Bono puxa uma garota do gargarejo para dançar com ele, para delírio (e inveja) de meio Morumbi. A sorteada permanece no palco para "One", introduzida pelo cantor com outro elogio aos fãs tupiniquins: "Nunca nos sentimos tão bem-vindos quanto no Brasil. Obrigado". A reação não é outra senão o mais puro delírio.
Com um trecho de "Unchained Melody", a banda se despede definitivamente, deixando para trás um imenso coração vermelho e uma multidão querendo mais...........
Setlist:
Em "Mysterious Ways", Bono puxa uma garota do gargarejo para dançar com ele, para delírio (e inveja) de meio Morumbi. A sorteada permanece no palco para "One", introduzida pelo cantor com outro elogio aos fãs tupiniquins: "Nunca nos sentimos tão bem-vindos quanto no Brasil. Obrigado". A reação não é outra senão o mais puro delírio.
Com um trecho de "Unchained Melody", a banda se despede definitivamente, deixando para trás um imenso coração vermelho e uma multidão querendo mais...........
Setlist:
Mofo, I Will Follow, Gone, Even Better Than The Real Thing, Last Night On Earth, Until The End Of The World / Break On Through (snippet), New Year's Day, Pride (In The Name Of Love), I Still Haven't Found What I'm Looking For, Bad / All I Want Is You (snippet), Staring At The Sun, Sunday Bloody Sunday, Bullet The Blue Sky / We Will Rock You (snippet), Please, Where The Streets Have No Name
encores: Discothèque / Life During Wartime (snippet) / Stayin' Alive (snippet) / Whole Lotta Love (snippet), If You Wear That Velvet Dress, With Or Without You, Hold Me, Thrill Me, Kiss Me, Kill Me, Into The Groove (snippet) / , Mysterious Ways, One, Unchained Melody.
Observação: o audio existente desse som tem qualidade regular, mas o show está completo. Registro obrigatório.
E depois de 5 anos, o U2 voltou à incluir Bad no setlist de um show! O Brasil teve essa honra!