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quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Um dia 'amargo' no Pão de Açúcar - os problemas na venda de ingressos para o show do U2

Os fãs do U2 esperaram ansiosos por 8 anos por notícias de novos shows aqui no Brasil. E no final de 2005, depois de muitos rumores; o que era esperado se concretizou: "Pão Music e BenQ Mobile apresentam U2 no Brasil". Aqui a notícia detalhada: http://www.edelman.com.br/noticias_det2.asp?cod_noticia=221

Mas o que marcou a venda de ingressos foi o caos, tumulto e falha na organização. Além das filas quilométricas, pessoas vendiam lugares na fila, cambistas faziam a festa, sistemas fora do ar (para pagamento e impressão de bilhetes), idosos e grávidas furando fila, a ineficiência da polícia e muita confusão. Ocorreram várias queixas em delegacias por causa do ocorrido.
Constrangimento para uma das maiores e mais tradicionais marcas do País.
A rede Pão de Açúcar causou a ira na multidão frustrada por não conseguir comprar ingressos para o show da banda U2, que estava marcado para 20 de fevereiro de 2006 no estádio do Morumbi, em São Paulo. O protesto foi transmitido ao vivo pela Rede Globo em horário nobre, com audiência estimada em quase cinco milhões de pessoas. Eram sete horas da noite de segunda-feira 16 de janeiro de 2006, um dia desastroso para a imagem da maior rede de supermercados do País. Desde a madrugada anterior, filas quilométricas haviam se formado em frente a 12 lojas (10 em São Paulo, duas no Rio de Janeiro). Mais de 100 mil pessoas se aglomeravam para adquirir os 73 mil ingressos para o show. Deu tudo errado. A impressão dos bilhetes eletrônicos se arrastava por 10 a 20 minutos. Fãs mais afoitos furavam a fila. Idosos e gestantes recebiam “gorjetas” para comprar ingressos. Na internet, o site, congestionado, não funcionava. Os clientes tradicionais iam às compras e não conseguiam entrar nas lojas. Quando, no final do dia, a direção da rede resolveu fechar três supermercados, o tumulto se instalou. Em alguns deles, houve chutes nas portas e depredação de placas com o logotipo da companhia.
Nem paredes, nem portas ficaram tão machucadas quanto a marca Pão de Açúcar. “Pegou mal para a empresa porque gera frustração no público”, disse Adriana Cury, presidente da McCann Erickson.
Na realidade, o Pão de Açúcar teve apenas uma parcela da culpa. O grupo da família Diniz foi uma das patrocinadoras dos shows do U2 e emprestou suas lojas. A operação da venda de ingressos ficou sob responsabilidade dos promotores, a Planmusic e a Accioly Entretenimentos. O mico sobrou para o Pão de Açúcar por ser a marca de maior visibilidade e a única entre as três com contato direto com o consumidor final. Por isso, pergunte a qualquer um dos 100 mil fãs que penaram na fila sob um sol de 35 graus: quem foi o responsável por tal calvário? A resposta imediata: Pão de Açúcar.
Tão logo a situação tornou-se insustentável, os executivos elaboraram um plano de emergência. Gerentes e funcionários distribuíram senhas e colheram nomes e telefones dos fãs. A seguir, criaram um banco de dados com as informações. Na quarta-feira 18, atendentes do call center da companhia começaram a ligar para as pessoas interessadas e marcaram horário e local para retirada do ingresso. A companhia publicou nos jornais comunicados com informações sobre o assunto. Quem teve sorte na fila, saiu com o ingresso. Quem teve sorte de pegar ao menos uma senha depois de 14 horas na fila, conseguiu uma semana depois ter os ingressos em mãos. E o restante das pessoas?
Logo depois de toda a confusão em que milhares de pessoas não conseguiram o ingresso, a produção confirmou um segundo show, para o dia 21 de fevereiro.

E a venda de ingressos tinha mudado radicalmente. Linhas telefônicas em São Paulo e Rio de Janeiro passariam a receber ligações às 16 horas do dia 5 de Fevereiro.
74 mil ingressos seriam vendidos, com cota de ingressos limitadas à quatro por pessoa e controlada pelo CPF do comprador. Em 4 ou 5 horas de venda por telefone; os sortudos que conseguiram completar a ligação esgotaram os ingressos para o segundo dia do show.
Os compradores fizeram um cadastro por telefone e receberam instruções para efetuar o pagamento, em dinheiro, em qualquer agência do banco Itaú, em todo o país, nos dias 6 e 7 de fevereiro. A retirada dos ingressos foi feita entre 13 a 21 de fevereiro (exceto dia 18), em São Paulo, no estádio do Pacaembu, inclusive no dia do show (21).
Entre 15 e 19 de fevereiro, pessoas que optarem por pegar seus ingressos no Rio de Janeiro se dirigiram ao Jockey Club Brasileiro, Hipódromo da Gávea.
Muitos fãs reclamaram da venda descentralizada dos ingressos, e dos shows sendo realizados apenas na cidade de São Paulo (ainda resquício dos problemas ocorridos com a Popmart no Rio de Janeiro).
Aproveitando tudo isso a Rede Globo à essa altura já confirmava a transmissão para todo o país, do show na primeira noite da Vertigo Tour no Brasil.
E o U2 estava chegando.................

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Chamada para o show na Globo:
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