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segunda-feira, 9 de junho de 2008

War - LP






LP lançado no Brasil pela RCA em 1985.

Commercial Release: March 1983
Record Label: Island Records
Top Chart Position - US: 12, Canada: 5, UK: 1

Sunday Bloody Sunday (4:40)
Seconds (3:10)
New Year's Day (5:35)
Like a Song... (4:46)
Drowning Man (4:14)
The Refugee (3:40)
Two Hearts Beat as One (4:03)
Red Light (3:46)
Surrender (5:34)
"40" (2:35)

Bono: Vocal & Guitar. The Edge: Guitars, Piano, Lap Steel, Vocal ("Seconds"). Adam Clayton: Bass. Larry Mullen Jr: Drums and Percussion. Electric Violin: Steve Wickham ("Sunday Bloody Sunday", "Drowning Man") Trumpet: Kenny Fradley. Backing Vocals: Cheryl Poirier with Adriana Kaegi, Taryn Hagey, also Jessica Felton ("Surrender", "Red Light")
Produced by Steve Lillywhite, Except "The Refugee" produced by Bill Whelan (Mixed by Steve). Engineeered by Paul Thomas. Assisted by Kevin Killen. U2 Management: Paul McGuinness. Recorded at Windmill Lane Studios, Dublin Ireland.
Boy Photograph: Ian Finlay. Band Photograph: Anton Corbin. Design RX.
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As gravações de War foram tremendamente agitadas e importantes para o grupo por vários motivos. Para começar, a banda estava, pela primeira vez, em paz interna. As diferenças entre os membros “católicos” (Bono, Larry e The Edge) e Adam Clayton cessaram por completo. O convite para ser padrinho de casamento de Bono, havia diminuído as rusgas e uma separação que sempre pairava sobre a vida de Clayton.
Se as tensões internas eram menores, as ambições eram muito maiores. O grupo resolveu que o próximo disco não poderia ter os erros dos dois primeiros. Se em Boy, a inexperiência natural (um dos grandes trunfos do U2) era perdoável, October foi prejudicado pelas letras perdidas por Bono e por não ter soado exatamente como o grupo desejava, embora o resultado tenha agradado a banda. Mas para o produtor Steve Lillywhite, eles não haviam mostrado todo seu potencial. E muito menos ele havia brilhado ainda como produtor. Para Lillywhite estava claro que era sua derradeira chance com o U2. A sua vantagem é que ele já conhecia bem o espírito gregário do grupo e desfrutava de excelente amizade com os quatro músicos.
E do que falariam as letras, qual seria o caminho? A religião ainda seria o carro-chefe? Quais os temas a serem abordados? As letras, embora fossem responsabilidade de Bono, sempre passavam uma preocupação ou falavam de dúvidas que afligiam os quatro. Em Boy, a morte fazia parte não só da vida do vocalista, como também de Larry, através de suas mães; as dúvidas e medos de Bono eram também os medos de Adam e as angústias e a reflexão poderiam ter sido escritas por The Edge. O mesmo acontecia em October. Portanto, não haveria como se construir uma letra em que todos os membros não estivessem direta ou indiretamente envolvidos.
Mundialmente aclamado, War foi direto para o primeiro lugar na parada de LPs na Inglaterra e freqüentou o Top 20 na América, atingindo o 12º posto. O disco ainda trazia algumas surpresas. A primeira delas era a presença do trio de garotas do Kid Creole and the Coconuts em duas canções, “Surrender” e “Red Light”, que também teve a participação do trompetista Kenny Fradley. Na capa uma foto do mesmo “Radar”, mas desta vez com um olhar enfezado, sobrancelhas franzidas e um corte em seu lábio.
Outras surpresas foram alguns produtores que passaram pelo disco. A canção “The Refugee”, foi produzida por Bill Whelan, mas mixada por Lillywhite.
“The Refugee”, com seu ritmo tribal, falava dos refugiados que tentavam escapar em busca de uma vida melhor e também fugir das torturas. Canções como “Seconds” tentava exorcizar o fantasma de uma Terceira Guerra Mundial e “Surrender” abordava as angústias das pessoas face à vida moderna. A rendição se dava em um nível espiritual, perguntando se você deveria se render perante a Deus e ao mundo moderno.
O disco fechava com “40”, inspirada no Salmo de mesmo número, da Bíblia. Novamente aparecia o verso “por quanto tempo cantarei essa canção”, usado em Sunday Bloody Sunday. E “40” acabaria sendo uma canção especial para o grupo, que durante muitos anos a usaria como canção de encerramento dos shows, com Edge e Adam trocando de instrumentos em vários shows e com um inconfundível solo de bateria de alguns segundos de Larry Mullen. Como parte do folclore, Bono dizia que “40” levou esse nome por um motivo estúpido e que gostava de citar durante os shows. Segundo o vocalista eles a haviam escrito fora do estúdio durante 10 minutos. Gastaram mais 10 gravado-a, 10 minutos mixando e 10 minutos ouvindo o resultado. O tempo total para fazê-la foi de 40 minutos, dando a origem do título. Obviamente, o vocalista estava brincando com o público.
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Two Hearts Beat As One: Video
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