A segunda noite de shows do U2 pela eXPERIENCE + iNNOCENCE Tour 2018 aconteceu no Scottrade Center em St. Louis, EUA.
Quando os protestos se tornaram violentos um dia antes do show programado, o Departamento de Polícia de St. Louis disse que não seria capaz de fornecer proteção padrão para o show - e o U2 e Live Nation tomaram a difícil decisão de cancelar o show e reembolsar o público.
"Estou tão feliz por ainda estarmos todos aqui", disse Bono. "Desculpe pelo ano passado… Nós chegamos com um ano de atraso. Desculpe."
O primeiro sinal de que mudanças iriam ocorrer neste segundo show da turnê veio quando a atriz Ashley Judd postou em seu Instagram um trecho em vídeo da passagem de som do U2, onde eles estavam ensaiando um clássico dos primeiros anos, que não esteve no setlist do show de abertura.
A atriz postou um segundo vídeo, do ensaio de "Vertigo", e os fãs puderam perceber um elemento de palco que ainda não foi visto na turnê.
Ashley Judd, que estava na platéia, descreveu o show no Twitter como "notável ... ardente e tocante".
"Love Is All We Have Left" na segunda noite, e Bono, para dar sentido à sua imagem no aplicativo em Realidade Aumentada, entrou sem óculos!
No final de "Lights Of Home", as luzes de casa, St Louis, vistas do espaço!
Na primeira noite, o U2 manteve a maior parte totalmente intacta do que chamam de 'Innocence Suite', que é a narrativa do 1° Ato. Mas nesta segunda noite, o U2 modificou isto e "New Year's Day" fez sua estreia na turnê, como Ashley Judd já tinha adiantado!
A canção foi tocada em sua versão mais acelerada, diferente da versão mais lenta utilizada na 'The Joshua Tree Tour 2017'. E também foi a versão mais curta, Bono não canta mais o verso "So we're told this is the golden age/But oil is the reason for the wars we wage", mas a parte "Oh, maybe the time is right, oh, maybe tonight" ele manteve!
"Beautiful Day" continua com a introdução longa utilizada primeiramente na 'The Joshua Tree Tour 2017'.
Assim como na noite de abertura, eles tocaram a versão retrabalhada de "Iris (Hold Me Close)", que foi encurtada e as letras realocadas:
The star that gives us light
Has been gone a while
But it’s not an illusion
The ache in my heart
Is so much a part of who I am
Hold me close
Hold me close and don’t let me go
Hold me close
Like I’m someone that you might know
Once we are born
We begin to forget
The very reason we came
But you I’m sure I’ve met
Long before the night
The stars went out
We’re meeting up again
E então continua normalmente como era.
Duas canções que faziam parte da narrativa desde o primeiro show em 2015, pela primeira vez saíram do setlist: "Song For Someone" e "Raised By Wolves".
Ter no mesmo show "Song For Someone" e "13 (There Is A Light)" se mostrava algo complicado, repetitivo e no show de estreia as duas canções tiveram uma receptividade muito fria por parte do público em Tulsa, inclusive com pessoas indo embora antes de "13 (There Is A Light)", e o U2 pode ter detectado um problema nisso. Os elementos de palco usados para as duas também eram similares.
Curioso foi que apesar de ter tirado "Raised By Wolves", o U2 optou por manter os samplers com áudios e a explosão de bomba de introdução que era utilizado para ela, e que agora servem para o início de "Until The End Of the World". E uma ótima mudança também foi feita para esta canção: agora sua performance utiliza a introdução mais longa, que ouvimos no disco 'Achtung Baby'.
Isso acontece porque Larry está na passarela em "Sunday Bloody Sunday" e não está de volta à sua bateria em tempo para "Until The End Of the World", então eles usam a intro até ele aparecer. Quando era tocada "Raised By Wolves", não era necessária a introdução, pois Larry já estava sentado na bateria!
No 1° Ato então o U2 inseriu uma canção, mas cortou duas, e então rearranjou a ordem das canções. "Cedarwood Road" / "Sunday Bloody Sunday" / "Until The End Of The World" é uma sequência que acontece pela primeira vez.
Em "Hold Me Thrill Me Kiss Me Kill Me", o aprendiz do demônio se apresenta aos integrantes do U2 com a frase "Pleased to meet you hope you guess my name", da canção "Sympathy For The Devil" dos Rolling Stones!
O aplicativo com o filtro para o discurso de Mr. Macphisto funcionou melhor no segundo show! Em "Acrobat" Bono mudou a letra e cantou "I’d break bread and wine if there was a cult I could believe in".
A versão acústica de "You're The Best Thing About Me" continua lá, e Bono nela cantou algumas linhas de "The Showman (Little More Better)".
Um eclipse do sol é projetado no chão do palco "e" em "Staring At The Sun".
Há uma nova introdução estendida para "City Of Blinding Lights".
Na performance de "Pride (In The Name Of Love)", Bono gritou 'esta não é a América!', enquanto imagens de neonazistas e supremacistas brancos marchando em Charlottesville, Carolina do Norte e em outros lugares eram mostradas na tela.
Outra mudança no show aconteceu no encore: a banda cortou "Who's Gonna Ride Your Wild Horses", e assim enxugou o setlist e encurtou o show para 25 músicas.
O encore agora começa com "One", e o vídeo que abre este intervalo mostra Sian Evans, usando o capacete que ela aparece na capa de 'Songs Of Experience', escrevendo mensagens de justiça social / direitos humanos, ao som de "Women Of The World" por Jim O’Rourke.
"Você só pode resolver esses problemas se você se aproximar das pessoas que você normalmente não quer se sentar", disse Bono, apresentando "One".
Ao que parece, o filme mostrado no telão na primeira noite na performance da canção, não foi exibido na segunda noite.
"13 (There Is A Light)" traz uma miniatura da casa da Cedarwood Road de Bono na adolescência, e imagens são projetadas no palco. Assim, eles eliminam a necessidade de tocar "Song For Someone" e utilizar no telão os mesmos elementos de palco, como a casa.
O show terminou com Bono fazendo sua saída através da multidão na parte de trás da Arena, enquanto ele cantava as últimas palavras, "alguém como ... eu".
A canção tocada no sistema de som para o público deixar a Arena foi um remix de "The Miracle (Of Joey Ramone)", chamado de Ambient Mix.