A designer britânica ES Devlin e o diretor criativo do U2, Willie Williams, transformaram Bono em um avatar gigante de Realidade Aumentada para a nova turnê da banda.
O espetáculo de Realidade Aumentada (AR) faz parte da exPERIENCE + iNNOCENCE Tour 2018.
Um "escultural bloco de tela de cinema", posicionado no centro da arena, reproduz uma série de imagens estáticas - desenhos a carvão vegetal - que atuam como gatilhos para a tecnologia AR.
Quando os membros do público acionam o aplicativo personalizado U2 AR eXPERIENCE em seus smartphones, as imagens-gatilho são transformadas em uma série de imagens e vídeos AR sobrepostos.
A primeira parte do AR é exibido durante o pré-show, e vê o palco remodelado como um enorme iceberg que gradualmente se derrete em água, inundando o chão da arena e "engolindo o público no dilúvio", descreve Devlin.
A imagem disparadora do AR então se divide e muda para revelar Bono, personificado por um avatar gigante que "paira magicamente" sobre o público, e ecoa os movimentos do cantor enquanto canta a primeira música, "Love Is All We Have Left".
De acordo com Devlin, o dilúvio pré-show "pre-figura o cataclisma do tsunami" que vem no meio do show, visualmente encenado como uma série de ondas na tela durante a música "Until The End Of The World".
Este tsunami amalgama todos os elementos projetados já vistos ao longo da primeira metade do show em uma colagem "caótica" de ondas.
Devlin explica que os álbuns 'Songs Of Innocence' e 'Songs Of Experience' incluem um monte de material autobiográfico e reflexivo que abrange o período de formação da banda na Dublin de 1980, através de seu presente pessoal e político.
"Como a turnê de 2015, a nova é baseada na história do vazio deixado pela morte da mãe do então adolescente cantor, e a subsequente formação dos quatro membros da banda pela turbulência política visceral e violência militar da Irlanda dos anos 80. Enquanto grande parte de 'Songs Of Innocence' foi escrita como se estivesse revivendo e revisitando em detalhes vívidos o território da Dublin de 1980 - como se estivesse reintegrando esses personagens na primeira pessoa - muito do material em 'Songs Of Experience' toma uma posição narrativa mais macro, quase como se o narrador estivesse escrevendo do além-vida. A urgência da turbulenta transformação, a juventude enfurecida na inocência dá lugar a uma postura igualmente urgente, mas mais distante na experiência, como se a câmera mudasse daquele extremo close-up granulado, para uma visão aberta aberta mais abrangente."
De acordo com a designer, o novo show pega uma linha da música "Love Is All We Have Left" como seu princípio orientador: 'agora você está na outra extremidade do telescópio'.
"A linha refere-se à mudança de perspectiva que o narrador de algumas das músicas da experiência adotou", disse Devlin. "Eventos do passado são agora vistos através de uma lente futurista, à medida que a narrativa é retomada de onde parou a turnê de 2015".
O aplicativo permite que os membros do público tirem fotos que capturem simultaneamente os elementos ao vivo e AR.
O aplicativo e o material dentro dele foram concebidos pelo diretor criativo do U2, Willie Williams, que trabalha com tecnologia inovadora para a banda há 30 anos.
Williams trabalhou com a Treatment Studio no design do avatar e com a Nexus Studios na tecnologia AR.
A direção e design do show é o resultado de uma colaboração entre U2, Willie Williams, Devlin e Stufish Studios, que começou em 2014.
0 Comentários
