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quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Willie Williams fala sobre a primeira parte da turnê iNNOCENCE + eXPERIENCE e faz revelações sobre o que está por vir


O site @U2 realizou uma entrevista com Willie Williams, o diretor criativo da turnê iNNOCENCE + eXPERIENCE do U2. Willie disse que chegou a ler o fórum do @U2 para ver o que os fãs da banda estavam discutindo sobre a turnê.
Ele respondeu algumas perguntas enviadas para ele por email.

Ao ser perguntado sobre o seu momento favorito da turnê até o momento, ele respondeu: "David Harrington, o diretor musical do Kronos Quartet, disse uma vez que ele amava estrear uma peça nova, porque até o momento da performance, era um segredo. Apenas o compositor e o elenco são parte do segredo, e então um dia você tem a oportunidade de revelar tudo aquilo. Claramente Kronos não costumava ter membros de sua platéia gravando seus ensaios das saídas de incêndio, e colocando isso na internet, mas o espírito do que David disse, também é real para o U2.
Mesmo que desta vez ao nosso redor, os elementos sonoros estavam vazando para fora do prédio, ainda tivemos a satisfação de saber que poderíamos ao menos manter em segredo, as grandes idéias visuais. A noite de abertura é sempre uma emoção e eu amo observar a maneira como o público experimenta algo inesperado. Na noite de abertura, quando as luzes se acenderam sobre Bono andando pela Cedarwood Road, havia um audível suspiro da platéia - audível mesmo com a música tocando. Vai ser difícil superar esse momento."

Com esse desabafo sobre os ensaios do U2 em Vancouver, onde áudios e informações foram parar na internet antes da estreia do show, foi perguntado para Willie como ele se sentia, e ele falou: "Acho que segredos foram extintos com o século XX. A situação era pior na turnê 360°, porque qualquer material novo sendo ensaiado no palco, essencialmente estava sendo lançado. Lembro-me de estar sentado com Luke Halls (do vídeo criativo) assistindo a um fluxo no Twitter da passagem de som em que a banda tocou "Scarlet" pela primeira vez. Você podia sentir as cabeças explodindo lá fora, foi hilário.
Na verdade, eu realmente odeio o fato de que agora tudo é tão público em relação à performance, mas isso é a vida, é assim. Francamente, se você quer abrir os presentes mais cedo e estragar a surpresa na manhã de Natal, então não reclame comigo sobre isso depois."

Willie explicou o motivo pelo qual o plano original de fazer pares de shows com setlists diferentes, foi abandonado pelo U2: "Meu sentimento predominante sobre a coisa de dois-shows foi a emoção de perceber que poderíamos ter feito isso. No entanto, a realidade começou a vir a tona com o fato de que a grande maioria do público só assiste um dos shows. Será que realmente nós queríamos produzir algo tão extraordinário como a seqüência "Iris" para "End Of The World", e em seguida ter 50% dos nossos clientes não vendo isso?
Para quem se lembra do vinil, há uma analogia que existem muitos grandes álbuns duplos que, com alguma edição criteriosa, poderiam ter sido um único álbum verdadeiramente brilhante. Eu ainda ocasionalmente olho para a lista dos setlits diferentes para duas noites, e acho que poderia ter sido muito divertido para nós, mas estou 100% confiante de que tomamos a decisão correta para o público."

Willie e o U2 tem falado sobre o telão, sendo uma espécie de parede divisória que divide o público em dois lados. Do teto das arenas caem páginas de literatura clássica em cima do público.
Assim, é perguntado para Willie Williams se ele está surpreso que fãs na internet estão acompanhando e discutindo sobre tudo o que cai.
Ele respondeu: "Sobre a divisão, o Muro de Berlim, os livros, os elementos em "Cedarwood Road", etc. Nenhum destes é crucial para curtir o show, mas todos nos deram uma profundidade de compreensão sobre o que estamos fazendo. A narrativa tem sido extremamente útil em unir o show; é muito mais fácil de descobrir o que fazer ou o que não funciona quando você tem um forte senso de um contexto global.
Sei também, é claro, que para os fãs que querem investigar a relevância de tudo, aí está, e nós encorajamos eles à fazer. O nível até agora tem sido muito próximo do forense. Nossa tendência é não explicar muito as idéias no show, em parte para deixar espaço para interpretações pessoais por parte do espectador, mas também porque simplesmente nós mesmos podemos ainda não entender sobre aquilo. Com o U2 e de fato geralmente com o design do show, é um sinal encorajador de que você está em conceito global coeso quando algumas ideias do show parecem chegar puramente através do instinto e é só depois do fato, que você compreende seu "simbolismo", se quiser.
Um bom exemplo é a seqüência de "Mother And Child". Tendo tido uma hora ou duas "fora do mundo" com seu caos, a vida real, nós chegamos ao ponto máximo com as fluorescentes "cruzes incidentais". Na sequência, "Mother And Child Reunion" muito obviamente implica um renascimento, reforçando o retorno para o ingenuidade, o estilo de desenho de Oliver Jeffers, ecoando a mãe e a criança de "Iris", agora vistos através da outra extremidade do telescópio. É uma das partes mais claras da narrativa, mas juro que chegar lá não foi um processo intelectual em tudo. As idéias vieram separadamente, e foram apenas colocadas juntas, eu sorri e pensei, "Bem, veja isso..."

O U2 já utilizou três vídeos para o intervalo do show, sendo que o vídeo com a colagem Punk Rock só durou dois shows. Willie então revelou: "Nossa intenção foi sempre que o intervalo do show fosse um pouco uma festa móvel. Há ainda pelo menos mais duas peças inéditas para o intervalo, que nós ainda não mostramos, com idéias para mais além disso. O único problema é que estou tão apaixonado pelo intervalo com "The Fly", que eu não posso imaginar não mostrarmos isso."

Willie foi visto em muitos shows da primeira parte da turnê, no meio do público acompanhando a performance. Sobre isso, ele diz: "Eu faço isso para experimentar aquilo, ou mais pelo ponto de experimentar aquilo comunitariamente. Na noite de abertura eu estava no controle da tecnologia, no caso de dar um branco na mente de alguém, mas a partir do segundo show eu estive pela arena. É muito bom de quase todos os lugares, mas adoro como visceral é no chão da arena. Foi maravilhoso testemunhar o público no meio da barricada da passarela, simplesmente não saberem o que fazer quando o telão descia no final de "Raised By Wolves"... "Eu devo ficar ou devo ir?""

Willie foi perguntado como surgiu o segmento do Meerkat, e se ele está feliz como isso funcionou, mesmo com alguns problemas técnicos. Também foi questionado como se sente sobre o uso do público do Meerkat, Periscope e outras ferramentas para transmitir os shows no momento em que estão acontecendo. Willie: "Nós gostamos do eco da "BonoCam" da ZOOTV. O narcisismo de "me filma" da ZooTV tornou-se o estado padrão do mundo ocidental, então parecia o momento perfeito para revisitar a ideia. Os problemas técnicos são a melhor parte, porque, como na ZooTV, quando tudo dá errado, o público entende que ele não está sendo enganado.
Não acho que alguém está preocupado com quem faz os streaming de shows, que já acontecem há muito tempo. A única coisa que eu diria é que assistir o show através de seu telefone é uma coisa, mas quando o artista vai tocar para você na sua frente no palco, e você dá as costas para ele para obter uma fotografia selfie, isso beira a grosseria."
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