Com o massivo desaparecimento de jovens (estima-se uns 30.000) presos e torturados, na última ditadura militar instalada na Argentina, muitas mães começaram a procurar seus filhos em diferentes órgãos do governo sem obter nenhum tipo de resposta. Aliás, eram discriminadas por fazerem parte de famílias chamadas 'terroristas'. Ante esta siuação, algumas mães decidiram reunir-se na 'Plaza de Mayo', em frente à Casa Rosada, sede do governo argentino , para escrever uma carta pedindo audiência e assim obter informação sobre a situação dos filhos. Essa primeira reunião na praça aconteceu no sábado 30 de abril de 1977. Nas primeiras reuniões não havia manifestação, somente sentavam-se nos bancos da praça e conversavam. Aos poucos, foram participando outras mães até serem umas 70 pessoas e, como na época havia estado de sitio e não se podia reunir tanta gente, a polícia começou a reprimi-las. E, assim, em lugar de sentar-se nos bancos, as mães tiveram que caminhar para não chamar a atenção da polícia, realizando espontaneamente as caminhadas.
Após vários encontros, já com aproximadamente 300 mães, decidiu-se usar alguma coisa que as identificasse. Assim surgiu o lenço branco na cabeça (simbolizando a fralda dos filhos).
Assim, durante 30 anos de luta conseguiram encontrar muitos filhos e netos. Mas ainda têm muito pela frente; como elas próprias dizem: "Treinta años de vida venciendo la muerte".
O vídeo de Cartoy Emilio Diaz e sua equipe inclui imagens das Mães em sua vida pública e privada. A equipe passou três anos trabalhando com artistas locais e internacionais para uma homenagem ao documentário Madres de Plaza de Mayo.
Bono, durante sua estada em Buenos Aires em 1998, convidou a equipe de filmagem para o quarto de hotel onde estava hospedado, e recitou a canção 'Mothers Of The Disappeared', lançada pelo U2 no álbum The Joshua Tree, de 1987.
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