No dia 20 de março de 1978, o The Hype (com Dik Evans no palco) fez sua última aparição.
Ao final do primeiro set, Bono anunciou o fim do The Hype e avisou que o U2 retornaria ao palco com seus 4 integrantes para continuar a apresentação.
Entre esses dois sets, Adam e Edge foram convidados da apresentação do The Virgin Prunes, e Adam tocou no set do The Modern Heirs.
O setlist completo do The Hype neste show é desconhecido. O que se sabe é que eles tocaram duas covers: Dancing In The Moonlight e Glad To See You Go.
E para o set do U2, que teve composições próprias, uma das tocadas foi 'Shadows And Tall Trees'.
Setlist:
1.Dancing In The Moonlight
2.Glad To See You Go
3.Shadows And Tall Trees
Do livro U2 BY U2:
Adam: Depois disso, os Hype de cinco elementos ainda fizeram mais uma apresentação, na qual se despediram do Dick. Foi no salão da igreja presbiteriana, em Howth. Parecia uma daquelas ocasiões em que se vai tomar chá com o vigário. Não tinha nada de ar de rock ‘n’ roll. Mas não deixou de ser uma noite divertida para todos nós.
Bono: Naquela noite atuaram quatro bandas e o Adam entrava em todas! Tocou com os Hype, depois ele e o Edge apoiaram o Gavin e o Guggi no primeiro espetáculo dos Virgin Prunes e, por fim, tocou algumas músicas com a nova banda do Steve Averill, os Modern Heirs. E com o U2, claro. O Adam tinha uma coisa fantástica, sabia sempre o que queria e tinha a coragem de o dizer. E tudo o que ele queria era estar numa banda e ir até o fim.
Edge: Foi um momento de virada. Fizemos versões de outros artistas como Hypes e depois regressamos como U2 com um repertório de originais. O Dick ficou um tanto desiludido por ter chegado o fim. Acho que o aceitou com um certo fatalismo. Não houve lágrimas nem cenas. Mas, quanto a mim, houve uma certa tristeza. Ele era meu companheiro e meu irmão. Vivemos muito unidos durante muitos anos e éramos companheiros na música. Agora, íamos seguir caminhos separados. No entanto, tinha de reconhecer que era o melhor para todos. A nossa banda de quatro integrantes era mais intensa. Esta nossa nova versão possuía uma harmonia e um entusiasmo que eram muito apelativos. Estávamos ansiosos pelas próximas músicas, pelas próximas atuações. Tínhamos apanhado a febre do Rock ‘n’ Roll.
Hoje em dia, o Dick passa a maior parte do tempo fazendo pesquisa no campo da ciência informática. Vemo-nos com regularidade e ele continua a tocar guitarra e a estar envolvido no mundo da música. Tenho certeza de que sente alguma mágoa pelo trem ter saído da estação sem ele. Ele teria adorado fazer parte de tudo aquilo conosco. Mas também sei que não está sempre pensando que as coisas poderiam ser diferentes. Já naquele tempo, existia no U2 uma harmonia que os Hype nunca tiveram. Não teria sido a mesma coisa com dois guitarristas. Ele tocava com tanta sutileza, de forma tão singular. É absolutamente brilhante. No início, tocava guitarra muito melhor do que eu. Foi ele quem me ensinou a tocar, mas o seu estilo natural foi sempre diferente. Ele é uma pessoa mais do tipo intelectual e isso se podia notar na sua forma de tocar.
Adam: Me lembro do significado de quando nos tornamos o U2 naquela noite, de termos ficado só os quatro. Era um sentimento de estabilidade, estávamos onde devíamos estar, tocando o nosso próprio material e estava tudo bem. Na semana seguinte: Top of the Pops!