Em 10 de fevereiro de 1978, agora como 'The Hype', os garotos voltaram à dar um concerto na Mount Temple Comprehensive School.
Das canções tocadas, o que se sabe é que duas composições próprias da banda fizeram parte da apresentação.
Setlist:
1.Street Mission
2.The Fool
Do livro U2 BY U2:
Bono: Os membros da banda me disseram: “Você tem mais jeito para começar uma revolta do que para ser músico.” Não sei se fiquei magoado ou não, mas eles levaram a melhor. Lembro de ter pensado que se ia ser vocalista tinha que desenvolver uma personalidade pública. Estava compondo algumas músicas e uma delas chamava: ‘The Fool’. Tínhamos estudado teatro na escola e havia uma idéia Shakespeariana na minha cabeça. Queria criar uma personalidade que fosse o oposto de Ziggy Stardust, que não fosse super legal, que fosse talvez muito pouco legal e infantil e se safasse sempre ao dizer o que lhe apetecia. A letra mudava sempre que eu a cantava, mas quando tive de escrever para fazer um esboço, cheguei à conclusão de que era uma porcaria. ‘Alive in na ocean, a world of glad eyes, insane!’ isso era um verso. ‘They call me the fool. I’m gonna break all the rule.’ Meu Deus!
Adam: Naquela altura, ensaiávamos às quartas-feiras à tarde, aos sábados e aos domingos, apenas para tentar chegar ao fim de uma música. Às vezes, ensaiávamos na casa do Edge, porque os pais dele eram muito tolerantes. Podíamos passar lá o dia e beber café à vontade. Eu e o Edge reuníamo-nos lá muitas vezes e, de vez em quando, o Larry também aparecia. Ele tinha sempre que negociar com os pais, pois, às vezes, não podia sair de casa e, além disso, precisava sempre de um carro para transportar a bateria. O Bono só aparecia dependendo de arranjar ou não transporte, se pudesse vir de carona na moto ou no carro de alguém. Foi daí que surgiu ‘Street Mission’, que se tornou a nossa música de referência. Eu e o Edge compusemos os versos básicos e depois o Bono, numa das suas saídas, compôs o refrão e deu a ideia para a letra.
Bono: O mais interessante de ‘Street Mission’ era o final, um fabuloso solo de guitarra num registo temporal completamente diferente. Todas as pessoas diziam que havia regras no Punk, tais como não haver solos de guitarra. Mas nós dissemos: “Nós tocamos solos de guitarra se quisermos.” Nunca iríamos ser uma banda punk, pois estávamos interessados em outras coisas como, por exemplo, no lirismo da música do Edge.