PARA VOCÊ ENCONTRAR O QUE ESTÁ PROCURANDO

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Matéria da revista Rolling Stone com Bono e The Edge traz alguns detalhes sobre o relançamento e material inédito de 'Achtung Baby'

Bono e The Edge conversaram com Brian Hiatt, da revista americana Rolling Stone, sobre o atual estágio da banda, o período em que fizeram o Achtung Baby e o que pode acontecer no futuro.
O site www.u2br.com disponibilizou em seu site uma tradução da matéria.
Bono admitiu que revisitar o álbum no qual o U2 ficou contra a parede - após o filme/álbum 'Rattle And Hum' (1988) ter ajudado a convencer alguns fãs de música de que eles eram desesperadamente solenes e pomposos - sugeriu um caminho a seguir. "Ironicamente, sendo forçado a olhar pra trás neste período me lembrou de como nós podemos reemergir para uma próxima fase," disse Bono. "E isso não significa que você tem que usar óculos malucos ou vestir roupas de mulher. Reinvenção é muito mais profundo que isso."
Seguir adiante nunca foi fácil para o U2, como é narrado nas fitas de estúdio, lados B e versões primárias das músicas do Achtung Baby contidas no novo box - e consolidados com todos os detalhes em 'From The Sky Down', um documentário sobre a criação do Achtung Baby dirigido por Davis Guggenheim (A Todo Volume). O filme, que abriu o Festival Internacional de Cinema de Toronto, deixa claro que tentar encontrar um novo som leva ao que The Edge chama de "uma série de dificuldades potencialmente finalizadora de carreira". Ao retratar a criação de "One", o filme também revela que letras tais como "Somos um, mas não somos o mesmo" estão mais para a fraternidade plena da banda do que qualquer outra coisa. "Eu acahava que [Achtung Baby] era um momento realmente super legal em uma vida nem sempre super legal", disse Bono rindo - "e [Guggenheim] foi lá e fez um filme nada legal sobre a gente!"
'Rattle And Hum', e a turnê Lovetown com o B.B. King que a seguiu, foram momentos cruciais para o U2. Mas, para uma banda cujas reais raízes estiveram no pós-punk do final dos anos setenta, os chapéus de cowboy e jeans estavam começando a desgastar. The Edge estava ouvindo Bloody Valentine, Nine Inch Nails e Einstürzende Neubauten e, ao mesmo tempo, observando a fusão de rock e dança que vinha de Manchester, com grupos tipo Stone Roses. "Eu sempre lembro do constrangimento intenso quando aconteceu de eu estar em um clube e um generoso DJ iria colocar uma de nossas músicas, do álbum War", disse The Edge. "Era tão evidente que nunca tinha pensado em como soava mal em clubes. Então só procuramos nos apegar em rítmo, backbeat e groove".
A banda gravou o conteúdo do álbum no Estúdio Hansa, em Berlim, bem no momento de reunificação da Alemanha - e como o co-produtor Brian Eno cita, diretrizes estéticas logo surgiram: "Palavras sussuradas nesta gravação eram inúteis, descartáveis​​, escuras, sexys e industrial". "Descobrimos que era mais interessante começar a partir de um lugar extremo", diz The Edge.
Daí, as guitarras ruidosas da música de abertura, "Zoo Station," seguidas por uma batida da bateria de Larry Mullen Jr., distorcida e quase irreconhecível. "Alguns dos sons extremos não foram alcançados com sofisticados equipamentos e cuidado no manuseio," disse The Edge. Em vez disso, eles simplesmente sobrecarregaram seus equipamentos de gravação antigos. "Foi literalmente, 'o que acontece se você mudar para 11?'" - disse o guitarrista.
Para a banda, redescobrir letras e arranjos muito diferentes das versões "jardim de infância" das canções foi revelador - "Tryin' to Throw Your Arms Around the World," por um momento, soava como uma música popular irlandesa. "A primeira vez que a pintura vai para a tela é um momento muito, muito empolgante", disse Bono. Ele estava intrigado por uma frase da versão inicial de "Who's Gonna Ride Your Wild Horses", que reformula a sua história como um caso de amor "parasita" ("Your innocence I've experienced"), enquanto The Edge está convencido de que a melodia vocal mais contida nessa versão é superior à faixa lançada.
Um dos mais intrigantes "outtakes", "Down All the Days", tem a mesma base de "Numb", do álbum seguinte do U2, Zooropa (1993), com Bono cantando uma música completamente diferente. "É uma faixa eletronicamente desregulada com letra e melodia muito tradicionais", disse The Edge. "Quase funcionou".
Enquanto isso, os planos futuros do U2 não estão definidos. "É bem provável que você possa ouvir algo nossa no próximo ano, mas é igualmente possível que você não ouça", diz The Edge.
Comentários
0 Comentários

Nenhum comentário:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...