Filho de mãe protestante e pai católico, Bono "nunca teve a religião enfiada goela abaixo". Mas ele ficou abalado com a fúria que isso incutiu em seus amigos.
Quando ele tinha 14 anos, sua mãe morreu repentinamente. No início, Bono se jogou na guerra sem sentido das gangues locais. "Eu era um bastardo", ele admite. Então, as drogas tiraram a vida de alguns de seus amigos mais vivazes. E ele viu seu pai, um trabalhador dos correios e pintor amador, abandonar uma tela quando a mãe de Bono morreu. Ele nunca mais pegou os pincéis, perdendo-se no trabalho. Bono estava desenvolvendo um senso de urgência sobre a vida e suas contradições.
Nos anos 80, o símbolo de Bono se tornou uma bandeira branca. Ele carregou uma precariamente até o topo de uma torre de luz em um festival nos Estados Unidos em 1983.
Mais tarde, ele deixou o palco na Los Angeles Sports Arena e subiu até a platéia, onde se envolveu em uma briga e caiu nos braços de fãs que esperavam na pista abaixo. Convocado para um "pelotão de fuzilamento" da madrugada, a banda disse a ele: "Um, você vai se matar. Dois, você vai matar o grupo". Ele percebeu que eles estavam certos.
"Sempre achei que a paixão era como um punho cerrado", disse Bono. "Mas quando eu relaxei, fluiu de uma forma mais plena. Aprendi que se estou perto da música e o público está perto da música, estamos próximos um do outro. Não depende da proximidade física".
Mesmo assim, Bono, aos 24 anos de idade, adorava "ver uma cidade antes de dormir nela". A fama dificultava sua habilidade de vagar até o amanhecer com os fãs, mas ele ainda pulava para fora das limusines para dar autógrafos em hotéis e portões das arenas de shows. "Não é que eles precisem", explicou ele. "Eu preciso disso. Não consigo olhar para o público como uma massa. Isso me perturba. Tenho que procurar indivíduos".
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