Quando o U2 anunciou os shows no Brasil em 2011 pela turnê 360°, a (RED) Zone estava sendo erroneamente chamada de "área vip do U2". Não se adequava aos moldes físicos locais nem na nomenclatura, muito embora houvesse privilégios para quem se dispusesse a pagar 1.000 reais por um dos 800 ingressos disponíveis para o setor.
O anúncio pouco claro da existência de uma "área vip" nos shows ouriçou ainda mais o público que há tempos, junto com jornalistas e produtores, discutiam a necessidade e os preços cobrados pelo que no Brasil se convencionou chamar de vip: uma área que divide o espaço dos shows e custa valores mais altos quanto mais próximo o palco.
A Time For Fun, empresa que promoveu o concerto no Brasil, falou ao site de VEJA e comprometeu-se a nunca abolir a área vip dos seus shows, alegando que ela existe no mundo inteiro.
Muitas pessoas comemoraram a notícia de que a banda, por contrato, proibiu a criação de uma pista vip. Depois, se irritaram com o anúncio de que existia um espaço especial para quem pagasse 1.000 reais pelo ingresso.
Três pontos fundamentais diferenciavam a (RED) Zone da área vip que por contrato o U2 proibia que existisse nos shows da turnê, cujo formato do espetáculo aumentava em até 15% a capacidade dos locais onde é montado.
Não era próximo do palco (as (RED) Zone ficavam na lateral), houve um número limitadíssimo de ingressos disponíveis e valores arrecadados foram revertidos parcialmente (820 reais, para o show no Brasil) para uma causa beneficente.
Os privilégios de quem se dispusesse a desembolsar o valor da (RED) Zone não eram muitos. Tinha venda de bebidas, alimentos e merchandising em pontos exclusivos, e o comprador não enfrentaria filas para entrar.
O ativismo e a mudança social estão sempre perto do coração do U2. Bono e The Edge explicaram a (RED) Zone na turnê U2360°:
Edge: "No início da turnê decidimos pela primeira vez nos envolver no mercado de ingressos secundários com os ingressos da (RED) Zone.
Permitimos que uma pequena parte de ingressos a cada noite fosse leiloada com os lucros indo para a campanha (RED).
No final, isso gerou US $ 12 milhões para o Fundo Global de Luta contra a AIDS, Tuberculose e Malária. É algo de que temos muito orgulho.
Bono: "Sim, e esse dinheiro apoiará sistemas vitais de saúde nos países em desenvolvimento. Isso manterá muitas pessoas vivas".