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terça-feira, 9 de outubro de 2018
Brendan Fitzgerald relembra Greg Carroll com o U2
Brendan Fitzgerald conheceu Greg Carroll durante seus dias como baterista no início dos anos 80 na cena musical de Auckland. Ele era um "super cara de equipe/ roadie" que trabalhava em todos os locais de música e, incomum para um maori, acompanhava as últimas bandas pós-punk.
"Ele costumava ter cortes de cabelos ao estilo moicano e passar seu esfregão no palco", lembra Fitzgerald, que trocou a Nova Zelândia por Londres no final dos anos 80.
"Eu me lembro dele como um grande cara para se sair junto - com energia, engraçado, entusiasmado e muito profissional quando ele tinha um show. Ele estava sempre trabalhando, e se ele não estivesse, ele estaria na platéia de quem quer que fosse que estivesse tocando. Ele amava música".
Carroll chamou a atenção do U2 durante os ensaios da banda em Auckland para a turnê 'The Unforgettable Fire'. Bono precisava de um roadie confiável e destemido para mantê-lo fora de perigo durante seus episódios maníacos de stage-diving no público.
"A banda estava fora de sincronia nas noites de abertura", lembra Fitzgerald. "The Edge tirou o baixo de Adam Clayton no início de "40" porque o baixista 'instável' estava mais interessado em sua garrafa de Moet. E Greg estava lá, ajeitando os cabos do microfone do vocalista".
Quando eles partiram para a Austrália, o U2 ofereceu a Carroll um emprego em tempo integral. Ele aproveitou a chance e logo se tornou parte integrante da banda. No Live Aid, Carroll seguiu cada passo de Bono enquanto ele estava indo para a multidão. Em Dublin, Carroll efetivamente se tornou assistente pessoal do cantor e alma gêmea. Ele também começou a namorar Katie McGuinness, irmã do empresário do U2, Paul McGuinness.
Mas então, no início de julho de 1986, a tragédia aconteceu. "Ouvi falar de sua morte logo depois de acontecer", diz Fitzgerald, que ainda estava na Nova Zelândia. "A história contada por muitos em Auckland foi que ele estava em um pub de Dublin com vários caras da equipe do U2 quando Bono pediu a ele para sair e trazer sua moto de volta para algum lugar próximo. Greg prontamente partiu e no caminho de volta - e diz a lenda que ele foi visto do pub - ele foi atropelado na moto e morreu".
Devastados, Bono, Larry, Ali, Katie McGuinness e outros do meio do U2 voaram para o funeral maori de três dias na marae (cidade natal) de Carroll de Wanganui. O 'The Joshua Tree' foi dedicado a Carroll, enquanto a faixa "One Tree Hill" celebra sua memória e um pico histórico com vista para Auckland.
"O pioneiro da Nova Zelândia, Sir John Logan Campbell, construiu um obelisco memorial ao lado dele para celebrar o povo Maori como uma raça desfalecida", observa Fitzgerald. "Talvez Greg tenha contando esse fato hediondo a Bono, que o caracterizou em suas letras para seu amigo Maori depois que ele morreu. Quem sabe...?"
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