Adam Clayton completou 63 anos de idade! Ele é o baixista do U2 desde o início da banda, em 1976.
"Eu comecei tocando baixo, é a clássica história, eram dois guitarristas na banda, e um queria que eu tocasse baixo. Eu realmente não sabia o que era o baixo, mas achei que tinha quatro cordas, parecia muito mais cool, eu deveria ser capaz de encontrar meu caminho em torno disso.
Foi muito mais tarde, quando fui para a América, quando percebi a rica herança do rhythm and blues e dos grandes baixistas de lá. Eu cheguei tarde para James Jamerson, mas eu meio que inventei alguma coisa. Meu tributo para James Jamerson é o baixo de "Angel Of Harlem".
Acho que desenvolvi este estilo apenas pensando que eu era um guitarrista. Quando eu estava crescendo, ganhei meu primeiro toca fitas, que tinha um pequeno alto falante, e você não podia ouvir qualquer coisa ao fundo, distorcia muito rapidamente. Mas eu notei que pessoas como John Entwistle, quando eu ouvia os discos do The Who, eu realmente podia ouvir o que o baixo fazia, e percebi que os midrange eram o tipo de arma secreta dos baixistas se você queria ser ouvido.
Quando eu estava começando, era muito difícil encontrar aqueles midrange, aquela distorção que eu gostava, e tentei muitos amplificadores diferentes.
Eu cresci na época do punk rock, o baixista se tornou a estrela da banda. Você tinha a jaqueta de couro, você tinha a gíria. Era sobre usar o baixo como uma arma e você também tinha que ter um som que fosse abrasivo.
Ao olhar o som do U2 como um grupo, somos uma banda incomum, pois somos essencialmente um conjunto musical de três peças. A maneira de Edge tocar guitarra em um som estilizado baseado nos arpejos, que sonoramente são altos nos discos, enquanto o baixo tem que preencher aquele midrange para dar suporte à esses sons, então eu teria muito espaço para aumentar meu som se tivéssemos uma banda maior, com teclados e outras coisas, acho que usaria mais sons de baixo.
Eu sou um grande fã destes sons de reggae, meio aquela coisa que faço em "Mysterious Ways", mas não funciona no U2, porque preciso conduzir, preciso ser agressivo, não temos aqueles acordes que outras bandas tem.
Essa condução vem em "Where The Streets Have No Name" ou "Bullet The Blue Sky" ou até mesmo "New Year's Day". Esse som é conhecido também em "Pride (In The Name Of Love)", eu preciso conduzir um pouco mais, eu sou a energia nestas músicas com mais frequência, e Edge está ao redor preenchendo com notas básicas.
Descobri que para a maior parte do trabalho que faço agora, é uma mistura de pequenos amplificadores que dá para carregar facilmente em nosso palco quando saímos em turnê. Não temos nada no palco, mantemos o palco muito livre, usamos o espaço embaixo do palco, e eu e meu técnico Morgan gostamos de configurar muitos sons diferentes e diferentes amplificadores, para que ele não tenha que trabalhar até tarde da noite. Optamos por um pequeno combo, que pode ser movido para dentro e para fora e economiza caminhões".