No ano de 2010, em um artigo para o New York Times, Bono reviveu suas próprias experiências com o 'Bloody Sunday', um dos dias mais mortais do conflito 'The Troubles' entre Irlanda do Norte e Inglaterra, e celebrou a decisão do primeiro-ministro britânico David Cameron de assumir a culpar para o massacre.
'Bloody Sunday', o trágico evento que inspirou o sucesso do U2 "Sunday Bloody Sunday", aconteceu em 30 de janeiro de 1972, quando membros do Exército Britânico abriram fogo contra um grupo de manifestantes desarmados dos direitos civis na cidade de Derry, matando 14, incluindo sete adolescentes.
Bono escreveu: "Foi um dia que causou o conflito entre as duas comunidades na Irlanda do Norte - nacionalista católico e sindicalista protestante - em outra dimensão: todo irlandês consciente naquele dia tem uma imagem mental de Edward Daly, mais tarde o bispo de Derry, segurando um lenço manchado de sangue no alto enquanto ele corajosamente cuidava dos feridos e dos moribundos".
Quando David Cameron admitiu que o exército britânico agiu ilegalmente naquele dia, Bono escreveu que o pedido de desculpas ajudou instantaneamente a curar feridas abertas 38 anos antes e que sua honestidade deveria repercutir em outras áreas turbulentas do mundo: "um dia brilhante em nossa pequena rocha no Atlântico Norte. Nuvens que pairavam sobre a nossa cabeça por 38 anos estavam estranhamente desaparecendo... a forte luz do dia da justiça parecia afugentar as sombras e os estereótipos do passado. Ninguém agia como o esperado. O mundo quebrou a rima. Um novíssimo primeiro-ministro britânico, ainda em seu papel de embrulho, disse coisas que ninguém imaginou que ele pudesse ... pronunciar ... Se há alguma lição para o mundo nesse pedaço da história irlandesa ... para Bagdá ... para Kandahar ... é isso: as coisas mudam rapidamente para pior e lentamente para melhor, mas podem mudar."
Bono relembrou sobre trabalhar em "Sunday Bloody Sunday" do U2 no estúdio e como "a música será cantada onde quer que haja fãs de rock com cabelos mullets e raiva, de Sarajevo a Teerã".
Embora "Sunday Bloody Sunday" tenha parecido um sucesso - mesmo que "seja uma música pequena que tenta, mas não contrasta, grandes ideias", afirma Bono - um chefe da gravadora supervisionando as sessões de gravação implorou à banda, "Remova o Bloody. "Bloody" não vai funcionar no rádio." Como mostra a história, o U2 recusou essa recomendação.
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