A história que sempre foi contada é que um violinista local de Dublin, Steve Wickham, em 1982 aproximou-se de The Edge em uma manhã, em uma parada de ônibus e perguntou se o U2 tinha alguma necessidade de um violino em seu próximo álbum.
Então Wickham participou da canção "Sunday Bloody Sunday", gravando o violino elétrico na sua parte intrumental.
Steve Wickham pode ser ainda capaz de andar na rua sem muitos olhos nele, mas ele é definitivamente um dos músicos irlandeses de mais sucesso no cenário mundial hoje, tendo tocado uma estimativa de 200 álbuns.
Ele conta a versão na íntegra de como acabou tocando na faixa do U2: "Eu cresci em Sutton, North County, Dublin. E Bono era uma visão familiar para mim como um jovem de 15 anos viajando de ônibus para ver sua namorada em Raheny. E já naquela época ele tinha a arrogância de uma estrela do rock.
Então eles tocaram na nossa escola. Eu estava na (St) Fintan's (High) School em Sutton. Eles eram chamados de The Hype, e eles eram horríveis! Mas uma garota da minha classe se apresentava com a banda. Ela tocava flauta com eles. Eles tinham um tocador de flauta, acredite ou não.
E uma das covers que eles fizeram foi "Nights In White Satin" do The Moody Blues, que eu realmente amo. E eles fizeram uma versão terrível disso.
Mas eles fizeram isso. E eu fiquei muito impressionado como um garoto de 15 anos.
Eu nunca tinha ouvido falar do U2 – eu já tinha visto seus cartazes espalhados pelos locais. Eu pensei: 'Que nome de merda! U2! Quão pretensioso você poderia ficar com fotos de avião americano de bombardeio!'
Não era nem punk. E ali estavam eles. E eram jovens – 16,17,18 – fazendo isso.
Então, quando eu ouvi o primeiro disco 'Boy', cerca de três anos depois, pensei: 'Uau! Esses caras são o verdadeiro negócio. Isso é muito bom'. E eu conheci The Edge em um ponto de ônibus e eu disse a ele que eu tinha ouvido o disco".
Para tornar uma longa história ainda mais longa, Steve perguntou para The Edge se eles precisavam de um tocador de violino.
"Naquela época eu tinha 20, 21 anos e eu precisava conseguir algum trabalho", acrescentou.
"Ele pegou meu número. Eu ainda me recordo do livro que eu estava lendo: Glass Bead Game de Herman Hesse. Eu rasguei o verso da página e escrevi meu número nele e dei a ele. E ele ligou para o meu pai. E ele disse: 'Steven, esse cara chamado The Edge quer você lá'. Então foi isso. Que experiência para um jovem: tocar em uma gravação de estúdio".
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