1986. O U2 já havia se envolvido em causas como o Live Aid, Sun City, os shows da Anistia, que poderia haver o risco de a banda parecer um pouco hipócrita.
The Edge se defendeu: "Sempre estivemos cientes disso e sempre nos esforçamos para deixar claro que não estamos pregando. Muitas de nossas letras são sobre "nós" coletivamente, não "você". Eu acho que a apatia e o cinismo são difíceis de se livrar - eu vejo isso em mim mesmo - e eu acredito que é muito corruptor quando você começa a ceder a eles".
Havia um perigo em identificar a banda tão intimamente com um conjunto de valores morais?
The Edge: "Se a arte deve ou não se elevar acima dos valores sociais ou políticos é uma questão em aberto, mas para mim, a arte não pode se elevar acima da espiritualidade. A espiritualidade não precisa ser branda ou simplista - pode ser muito mística e pessoal. Expressar é muito difícil, mas quando é expresso, acho que dá à arte uma profundidade que você não conseguiria de outra forma. "Alma" é provavelmente uma boa palavra para isso, pois tem poucas conotações negativas. E não estou falando sobre religião, estou falando sobre uma sensação de algo além de você, de algo que se estende além do aqui e agora. É uma sensação de atemporalidade, realmente".
Sobre "Sun City, Edge disse: "Essa é uma música incrível. É uma das minhas músicas favoritas com Bono cantando. Ele soa como um bluesman Delta!"
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