Na Revista Roll em 1985, o vocalista Herbert Vianna comentou a polêmica do rock ou não rock no Brasil, respondendo às críticas de Marcelo Nova que sempre se referia ao Paralamas do sucesso como "o rock de bermudas", e à Lobão que disse que Herbert o plagiou escrevendo "Cinema Mudo" e "Me Liga" após suas canções "Cena De Cinema" e "Me Chama":
"O que é rock e o que não é? É como discutir o que é tijolo, o que é água, acho que é uma coisa num plano muito filosófico. Mas, afinal, o que é tocar rock? Tocar igual aos Rolling Stones a vida inteira? O rock é todo tipo de coisa, a gente não tem nenhuma barreira.
Vamos experimentar o que a gente quiser, se quisermos fazer funk eletrônico, tudo bem.
Existe no Brasil um lance super preconceituoso que está na moda e é considerado bom ter letras engajadas, uma sonoridade teoricamente forte, uma coisa meio parecida com o U2 de dois anos atrás. E para a mídia isso é a essência do rock.
Mas eu acho isso uma besteira, porque hoje em dia o rebelde é tão ou bem mais sucedido que um estabelecido, é uma besteira negar o pop, ou negar o valor de um Prince ou Madonna, que são do caralho. Hoje em dia a Plebe Rude vai no Chacrinha, gravou seu disco e eu sacaneio eles bastante: 'Seus vendidos'."
0 Comentários
