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sexta-feira, 10 de setembro de 2021

The Edge conta para Tom Morello como foi difícil a gravação de "Love Is Blindness", que o levou às lágrimas


The Edge criou seu próprio som inconfundível em álbuns como 'The Unforgettable Fire' e 'The Joshua Tree'.
No entanto, 'Achtung Baby', de 1991, viu uma mudança radical: ele estava se expandindo para novos lugares sombrios no auge da criatividade da banda. 
A canção que fecha o álbum, "Love Is Blindness", com um solo angustiado, cortante, é uma das declarações mais poderosas do guitarrista já registradas, ocorrendo durante um período de gravações em Berlim e um período sombrio para o U2. A música vinha de um lugar de real angústia pessoal para o guitarrista.
"Eu estava passando por uma separação em um casamento", disse The Edge ao guitarrista do Rage Against The Machine, Tom Morello, na segunda parte da entrevista do podcast Maximum Firepower.
"Eu estava realmente passando pela dor do fim de um relacionamento que nunca pensei que acabaria. Lembro-me dessa música, e muito do álbum, foi inspirado por ... e há muitas letras que eu poderia apontar, não não quero entrar nisso agora, que eu sei que Bono estava esboçando com minha história pessoal e a história de outro amigo dele. Nós dois estávamos passando por coisas semelhantes ao mesmo tempo.
Então, quando chegou minha vez de tocar o solo de "Love Is Blindness", foi bastante interessante", continua The Edge. "A primeira vez que toquei, coloquei tudo nesse solo de guitarra, eu estava em lágrimas, estava simplesmente me entregando.
Mas eu estava no porão para que ninguém pudesse ver e estava esperando para ouvir uma resposta. E Danny disse: 'Isso foi meio que ... ok. Vamos tentar de novo'.
Aí eu fui, quer saber? Nem sempre é uma questão pessoal, é como você pode comunicar isso. Não é sobre ter o sentimento, é como comunicar o sentimento".
Palavras sábias, de fato. Então, o guitarrista mudou de rumo para outro take.
""Então [para] o segundo, eu estava muito mais na música do que na minha própria cabeça, meu próprio tipo de lugar emocional", explica ele.
"Então aquele solo foi o primeiro [usado na música]. Aí no final… estava totalmente quebrado, isso é básico. É uma pessoa que está esgotada, que está quebrada, que está exausta.
E foi assim que me senti no final daquele dia. Essa música foi pesada para mim pessoalmente. E como um artista isso é meio que o preço da admissão.
Eu sei que Bono já esteve lá em várias ocasiões com suas letras e vocais. É grande e se não for, por que fazer? Música é vida ou morte para nós. Não podemos fingir. Não podemos fazer isso se for apenas entretenimento, tem que significar mais".
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