Bruce Springsteen gravou uma entrevista em seu estúdio caseiro em Nova Jersey, não muito longe de onde ele cresceu. Foi em 2016, quando seu livro de memórias havia acabado de ser publicado. O livro compartilha o título de sua música mais famosa, "Born To Run".
O tema desse hino é fuga. Mas em grande parte do livro, Springsteen reflete sobre como ele e sua música foram moldados pelo lar, raízes, sangue, comunidade, liberdade e responsabilidade.
Na entrevista ele disse: "Quando eu pensei em assinar um contrato com uma gravadora ou escrever algo que pudesse me colocar na posição - porque eu já tinha tido muitas coisas que haviam falhado com minhas bandas de rock - eu olhei para mim mesmo e apenas disse , bem, você sabe, eu posso cantar, mas não sou o maior cantor do mundo. Posso tocar guitarra muito bem, mas não sou o maior guitarrista do mundo. O que me excita em muitos dos artistas que eu amo? E eu percebi, bem, eles criaram seu próprio mundo pessoal no qual eu poderia entrar através de sua música e de suas composições. Há pessoas que podem fazer isso instrumentalmente como Jimi Hendrix ou Edge do U2 ou Pete Townshend.
Eu não tinha uma assinatura puramente musical tão única. Eu era uma criatura de muitas influências diferentes. E então eu disse, bem, se vou projetar uma individualidade, terá que estar na minha escrita. E na época, por uma das poucas vezes na minha vida, eu não tinha uma banda. Eu só tinha eu e a guitarra. Então eu teria que fazer algo apenas com minha voz, apenas a guitarra e apenas minhas músicas que iriam mover alguém o suficiente para me dar uma chance. Então eu escrevi músicas que eram liricamente muito vivas e liricamente densas. E eles eram únicas. Mas realmente veio da motivação para - ou eu entendi que era - eu teria que deixar minha marca dessa maneira".
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