Em 9 de março, se completará os 30 anos desde o lançamento de 'The Joshua Tree', um disco que transformou o U2 na maior banda de rock do mundo. Na edição deste mês da Hot Press, um olhar para trás para a gênese do álbum, como foi colocado junto e e o que o fez funcionar. E a pergunta: ele têm resistido ao teste do tempo?
Trinta anos. É muito tempo. Tantos dias e noites. Tantas horas e minutos. Segundos, estendendo-se até quase o infinito. Pode ter passado realmente tanto tempo desde que tudo isso aconteceu?
Às vezes, você olha para o relógio e se pergunta o que pode estar errado. Fica tarde tão cedo! Olhe para o calendário. Olhe para o ano. Faça as contas. O resultado é sempre diferente, sempre a mesma coisa. O relógio não pára. Sempre é mais tarde do que você pensa. E então você vai no botão e aperta o play. Realmente se foram 30 anos. O mundo mudou depois disso. O centro de gravidade se deslocou. A Irlanda sentia-se tão próxima do coração da contradição. E era.
O mundo nos olhou de forma diferente como resultado de 'The Joshua Tree'. Mary Robinson foi eleita presidente logo depois... e as coisas mudaram novamente. O ímpeto para a paz no Norte ganhou ritmo. A Irlanda continuou produzindo grandes cantores, grandes bandas. O poder da Igreja começou a desmoronar.
Tudo isso não aconteceu por causa disso.
Não é a maneira que as coisas se desdobram. Mas sobre isto, podemos dizer: nada seria o mesmo depois disto. O U2 tinha desempenhado o seu papel em grande estilo. The Joshua Tree marcando época. Alguns anos mais tarde, no livro U2: The Stories Behind Every Song, Niall Stokes teve que explicar isso...
Flashback 1
13 de julho de 1985. Live Aid. Em frente a maior audiência da história da televisão para um evento de música ao vivo, o U2 roubou o show. As vendas de seu quarto álbum, 'The Unforgettable Fire', aumentaram. De repente o U2 não eram só uma big band. Eles eram uma das maiores do mundo. Lhes deu algum espaço para respirar. The Edge escreveu a trilha sonora para o filme de Paul Mayerberg, 'Captive'. Bono foi viajar; escutando blues; fez "Silver And Gold" para o disco do projeto Sun City com Keith Richards e Ronnie Wood; gravou "In A Lifetime" com o Clannad. A banda completa gravou duas faixas em um estúdio em Dublin com Robbie Robertson, ex-integrante da The Band, para seu álbum solo homônimo.
Em 1986, eles emergiram em porções. No TV GAGA. Na turnê Conspiracy Of Hope nos EUA. No Self Aid na Irlanda. Uma banda diferente! Eles fizeram covers barulhentas, cruas, de Eddie Cochran (“There ain’t no cure for the summertime blues!”) e Bob Dylan (“I ain’t gonna work on Maggie’s farm no more”). Eles tinham percorrido um longo caminho desde o som atmosférico e europeu cultivado em 'The Unforgettable Fire'.
Bono estava ouvindo música de raízes, o folk, o blues. Ele estava pensando em músicas, lendo sobre o Deep South ( região cultural e geográfica dos Estados Unidos composta por estados no sudeste do país). The Edge tinha olhado para o outro lado em 'Captive', o leste. A banda se moveu para o oeste com 'The Joshua Tree'. Para os braços da América. As composições de Bono tinham mais foco agora. Maior profundidade. Ele estava se arrastando lá em cima, ao lado de Dylan, Morrison, Lou Reed.
"É nosso disco mais alfabetizado", ele disse. Isso foi uma grande mentira de um eufemismo. Foi direto para o n º 1 nos EUA e Reino Unido. Na América, tornou-se o álbum mais vendido de todos os tempos. Ele também entregou para a banda o primeiro CD de platina pelas vendagens.
No árido deserto do Nevada, a Joshua Tree sobrevive apesar da sujeira, areia seca e pedra na qual ela está incorporada. Em algum lugar lá em baixo há água. Em algum lugar lá em baixo há a fonte da vida.
Em algum lugar lá em baixo há a esperança. O desafio é encontrá-la. Com Brian Eno e Daniel Lanois com suas responsabilidades na produção, o U2 foi fazer essa perfuração.
0 Comentários
