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sexta-feira, 10 de março de 2017

A História: os 30 anos de "Exit"


Quando 'The Joshua Tree' foi lançado em 9 de março de 1987, representou uma mudança sísmica, liderada pelo U2, na música popular. Até aquele ponto, os anos 80 foi em sua maioria pensado, com um punhado de exceções, como uma década de estilo sem substância, com a MTV conduzindo a carga para ajudar a popularizar um desfile interminável de cativantes, mas vazios, one-hit wonder (uma música de sucesso apenas de alguma banda ou artista).
Mas não havia como confundir com isso, o material que o U2 apresentava em 'The Joshua Tree', com simplicidade nos hits para se cantar junto. O quarteto irlandês tornou-se fascinado com a paisagem americana excursionando incessantemente para apoiar seus quatro álbuns anteriores. Fãs corresponderam e tudo se alinhou perfeitamente com 'The Joshua Tree' sendo uma nota sônica para o país – não uma carta de amor por todos os meios – mas uma mensagem que dirigiu todas as deficiências percebidas e marcas escuras junto com a beleza e as planícies experimentadas pelos membros da banda.
"Havia uma relação de amor e ódio com a América", o baterista Larry Mullen Jr. disse no livro U2 BY U2. "Muitos dos sentimentos do álbum refletem Bono voltando de El Salvador e a Conspiracy Of Hope Tour e vendo a face brutal da política externa dos EUA. Mas chamando o álbum de 'The Joshua Tree', foi de certa forma, um reconhecimento da influência que a cultura americana tinha sobre o U2. A América foi tendo um maior impacto em nós do que nós já teríamos nela."
"Havia muito desprezo sobre a América naquela época", acrescentou Bono. "Houve uma conduta vergonhosa em defesa de seu auto-interesse... eram tempos ruins. Descrevi o que passei, o que vi, algumas das histórias de pessoas que conheci, e eu disse ao Edge: 'Poderia passar isso em seu amplificador?' Eu mesmo tirei fotos e coloquei na parede. Eu trouxe filmagens dos horrores e coloquei em um vídeo e disse: 'Agora faça!' "
Justapostos com um sentido de urgência irlandês, espiritualidade e profundidade, não é nenhuma surpresa que o trabalho final, que tomou forma ao longo das 11 canções, seria um esforço monumental. "Eu queria algo bíblico", disse Bono.
Seu objetivo foi cumprido, com um fluxo constante de sucessos explodindo nas paradas de sucesso após o lançamento. "With Or Without You" "I Still Haven't Found What I'm Looking For" e "Where The Streets Have No Name" foram todas candidatas para "canção do verão" em 1987, presença na rádio, MTV e se espalhando no som de carros nas cidades e subúrbios. Elas também era as três primeiras músicas no álbum.
Aprofundando em 'The Joshua Tree', a música cresceu mais sombria e mais potente, arriscando a alienação das pessoas que não querem pensar sobre a guerra em El Salvador, um conflito de violência interna ou a crise de refugiados, todos citados respectivamente na escaldante "Bullet The Blue Sky" a sinistra "Exit" e na assombrosa "Mothers Of The Disappeared". Mas não importava no final: o U2 tinha um feitiço sobre o mainstream, e nada que eles fizessem no disco poderia romper isso.
"Eu acho que nós sabíamos que tínhamos algo especial", disse The Edge. "Não tinha qualquer referência a qualquer outra coisa que estava acontecendo nos anos 80."

Do site: Diffuser
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