Em 11 de Agosto de 1993, o U2 trouxe o autor Salman Rushdie ao palco durante o show no Wembley Stadium, Londres, pela ZOOTV, e a história foi divulgada pela mídia no mundo todo.
Salman Rushdie teve o aiatolá Ruhollah Khomeini, então líder religioso do Irã, promulgando uma fatwa (édito religioso muçulmano) exigindo a sua morte, alegando que seu romance Os Versos Satânicos continha blasfêmias contra o profeta do islã, Maomé.
Bono contou: "Em seu isolamento, eu acho que ele pôde ouvir um monte de músicas, então ele estava bem sintonizado. Ele apareceu no nosso show no Earls Court em Londres. Mantivemos contato com ele aqui e ali. A questão da liberdade de expressão deve estar muito próxima do rock and roll. Em uma fase da turnê ZOOTV, falamos sobre o envio de uma antena parabólica, pois gostaríamos de falar com ele. Sabíamos que ele estava vindo para o show -
o que é muito raro para ele - e assim pensamos: 'bem, olha, se você estiver preparado para isso .... você escreveu Os Versos Satânicos."
Salman Rushdie falou ao Irish Times na época: "Eu devo ao U2 uma dívida de gratidão pelo gesto de solidariedade e amizade que eles fizeram ao me convidarem para se juntar a eles no palco em Wembley. Não são muitos romancistas que já experimentaram o que é enfrentar uma audiência de mais de 70 mil pessoas - e, felizmente, para todos, eu não tive que cantar. Depois, sugeri que talvez pudéssemos mudar o nome da banda. U2 + 1? ME2?"
Bono recebeu Rushdie no palco vestido de Macphisto, e em seu telefonema no palco durante o show, disse: "O rock and roll é a nova religião. Eu tenho um grande interesse em religião. Alguns dos meus melhores amigos eram líderes religiosos. O Aiatolá, o Papa, até o Arcebispo de Canterbury, eu acho que ele é fabuloso. Eles estão fazendo o meu trabalho para mim... Ninguém mais vai à igreja. Devo fazer uma ligação ao Arcebispo?"
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