O baterista do U2 completa hoje 55 anos de idade!
Para um baterista ao vivo de verdade com uma abordagem "orgânica", é surpreendente como calorosamente Larry tem abraçado a experimentação com samplers de bateria, loops e bateria eletrônica. Embora o uso da tecnologia começou a infiltrar-se cedo na música da banda, como em "Bad" em 1984, e progrediu com um efeito espetacular em "God Part II" em 'Rattle And Hum', não foi até 'Achtung Baby' e 'Zooropa' que tornou-se parte integrante de sua maquiagem sônica. Vital para este processo tem sido o co-produtor e engenheiro Flood. Larry diz: "Ele evoluiu muito lentamente e me deu uma oportunidade de entender o que ia acontecer quando iríamos gravar 'Achtung Baby', porque nós estávamos usando um monte de bateria eletrônica e fomos capazes de encontrar um bom equilíbrio. Flood tem um vasto conhecimento de como funcionam estúdios e o uso da eletrônica, como seu trabalho com o Nine Inch Nails e Depeche Mode demonstra. Minha relação com Flood tem sido sempre sobre ter ideias básicas e torná-las especiais, usando a tecnologia disponível no estúdio. Na medida em que tocamos com samplers e coisas do tipo, muito do que é feito durante isso colocamos junto em uma canção. Pode haver algum tipo de batida ou ideia rítmica que foi usada na construção da melodia, e quando chegarmos para tocar naquilo, vai ser uma questão de talvez dar enfase à mais bateria eletrônica e usar menos da bateria real. Rock ' n roll e tecnologia. Isso é definitivamente o caminho a seguir. Para mim, não é como se eu estivesse vindo de uma posição de força, onde eu diria 'Ei, eu sei muito mais'. Estou aberto a qualquer coisa que me faça soar melhor. Máquinas fazem isso, então eu estou perfeitamente feliz com esse casamento. Na verdade estou tocando com a ajuda de máquinas e certamente melhorou cem vezes minha maneira de tocar. Pode ter havido um pouco de resistência no início porque eu acho que as expectativas para o que iria acontecer entre a máquina e o baterista eram muito grandes. Quando você trabalha através delas, você acha que não se trata de um ou outro, é o casamento de ambos os elementos para criar um ambiente musical, no qual pode conseguir o melhor trabalho. No entanto, tem de ser um casamento igual, caso contrário é desastroso. Existem alguns produtores que preferem não usar bateristas, deixando as máquinas assumirem e se concentrarem nos "músicos", mas é importante encontrar um equilíbrio."
Larry termina falando sobre o U2: "Um dos erros que cometemos foi entre 'Rattle And Hum' e 'Achtung Baby', pois não nos demos tempo suficiente para voltar à ouvir música e ser musical. Todo o processo de 'The Joshua Tree' e 'Rattle And Hum' foi tão difícil que estivemos meio que hibernando por um tempo, e quando nós nos reagrupamos, não tínhamos qualquer ideia nova. Em um nível musical, eu ainda não acredito que o U2 atingiu o seu pico e há um monte de coisas para nós fazermos. Estou ansioso para esse desafio e sem isso não há meta, sentido em continuar. Mas não quero que a gente repita qualquer coisa que fizemos. Devemos pensar fazer algo diferente, e não há como dizer o que vai ser. Eu gosto de pensar que o que acontecer será o melhor, e não o maior. Musicalmente, eu acho que o U2 é imprevisível, mas não acho que é superficial, é apenas um fato da vida. Gostamos de experimentar com diferentes produtores. Seja o que for, não tem nada a ver com os quatro indivíduos, mas o que acontece quando nos juntamos e a música que fazemos como uma unidade coletiva. A maior força da banda é que não existem limites, há nenhum limite. Você não pode ficar maior, nós fomos capazes de alcançar tudo, na maior parte em nossos próprios termos. Isso é a coisa mais gratificante para nós."