Will Sergeant, guitarrista e membro original do Echo & The Bunnymen, deu uma entrevista para refletir sobre os 40 anos da banda.
Na década de 80, a imprensa musical tentou despertar rivalidades acirradas entre eles e seus pares de indie rock, como o U2 e o Simple Minds. De todos os seus rivais, foi o U2 quem obteve mais sucesso, tornando-se eventualmente a maior banda de rock do planeta. O que levanta a questão: se o Echo & The Bunnymen tivessem jogado o jogo da indústria musical tão astutamente como Bono, poderiam ter sido tão populares a nível mundial?
"Não sei", diz Will Sergeant, apontando como é impossível responder à pergunta, já que todos estavam muito incomodados com o dinheiro e a fama.
Ele acrescenta: "Se você quiser nos medir na escala Richter do U2, provavelmente estávamos em um ponto bastante nivelado. Mas o U2 excursionou por 18 meses na América em um ônibus Greyhound convertido, e eles simplesmente invadiram o lugar e tocaram em todos os lugares. O máximo que fizemos na América foram seis semanas, e já estávamos fartos. Eles trabalharam muito mais do que nós e mereceram o que receberam".
Em suas memórias, Sergeant lembra como, em setembro de 1980, o U2 estava abrindo para o Echo & The Bunnymen no Lyceum em Londres. Durante a passagem de som, o devoto cristão Bono começou a conversar com Sergeant sobre Jesus.
"Não sou do tipo que recebe pregações', escreve Sergeant sobre o encontro um pouco estranho. "É tudo um pouco estranho. Ouvimos falar do fanatismo religioso do U2, e agora aqui está ele em ação: o jovem Bono está tentando levar um pagão arrogante para a luz. Mesmo quando eu estava no coral, o vigário nunca se importou com essa ideia".
Olhando para trás, para aquele período depois de todos esses anos, ele agora diz: "Bono gostava muito de Jesus. Ele era um cara muito legal e pensei: 'Não deveríamos ter criticado você tanto quanto fizemos'. Mas criticamos todo mundo. Foi mais ou menos – o ataque é a melhor forma de defesa".
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