Em Toronto, Canadá, houve um histórico encontro: Chris Frantz, Tina Weymouth, Jerry Harrison e David Byrne se juntaram para responderem perguntas de Spike Lee e pelo público do Toronto International Film Festival.
A última vez que os quatro membros do Talking Heads haviam compartilhado o mesmo espaço foi na indução do grupo no Rock And Roll Hall Of Fame, em 2002. Desta vez, o reencontro serviu para divulgar o retorno às telas do filme-concerto 'Stop Making Sense', lançado em 1984.
Durante quase quatro décadas, 'Stop Making Sense', dirigido por Jonathan Demme, exerceu uma influência inexorável sobre todos os que se deparam com a febre frenética daquele que é considerado um dos melhores filmes-concerto alguma vez feito.
Ao contrário da maioria dos filmes-concerto, Demme optou por não cortar para o público até os momentos finais do filme. Ele queria preservar a experiência pura de um show ao vivo, e não misturar entrevistas ao longo do caminho.
Como geralmente não são muito bem feitos, os filmes-concerto tornaram-se uma mercadoria rara nos cinemas. A crítica diz que ou eles são auto-inflados e preenchidos com material desnecessário como 'Rattle And Hum' do U2 de 1988, ou são tentativas monótonas e pouco envolventes de capturar o que é essencialmente uma experiência efêmera.
"O U2 queria fazer um filme que fosse melhor do que 'Stop Making Sense' e então eles estragaram tudo fazendo todas aquelas entrevistas", diz a baixista Tina Weymouth. "A arte deve ser separada das personalidades. Então você não fica com toda a disfunção".
Para ela, 'Stop Making Sense' deriva de uma época diferente, quando nem tudo era autodocumentado. Foi uma apresentação vividamente artística que deixou para o espectador interpretar ou dançar.