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segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Sinead O'Connor e U2: sentimentos de raiva e declarações amargas


No começo de sua carreira, a cantora irlandesa Sinead O'Connor namorou e se uniu à um empresário experiente, Fachtna O'Ceallaigh, que era o ex-chefe da gravadora Mother Records (onde Sinead iniciou sua carreira), propriedade dos integrantes do U2. O selo foi criado para a descoberta de novas bandas e artistas na Irlanda.
No início de 1988, o U2 demitiu Fachtna O'Ceallaigh da Mother Records, citando "temperamentos incompatíveis". O'Ceallaigh uma vez disse a um repórter: "Eu literalmente desprezo a música que o U2 faz". Mais tarde, em uma entrevista com a i-D Magazine, Sinead fez algumas observações depreciativas sobre a música "bombástica" do U2 e se viu censurada pelos associados da banda. Em pouco tempo, sentimentos de raiva e declarações amargas haviam aumentado em ambos os lados. Em um ponto, Sinead foi citada ao dizer: "Eu não tenho respeito por Bono e nenhuma afiliação com sua música ou ideias.... Eu sei que ele está fingindo essa sinceridade". Outra vez, em um humor menos gracioso, ela disse para a Melody Maker: "O U2 leva eles mesmos à serio. Bono é apenas um estúpido de merda".
Na época, Sinead tentou corrigir o caso, mas um certo rancor ainda perdurava. "Eu me senti excluída e punida por tudo isso", disse ela. "Mas eu também me senti culpada, porque eu sabia que algumas das coisas que eu disse não foram ditas por mim. Eu expressei raiva pelo U2 porque tinham ferido Fachtna, que era um amigo meu. Eu errei ao fazer isso, porque, na verdade, Fachtna deveria lutar suas próprias brigas. Eu tinha sido odiosa contra alguém com o qual eu não tinha o direito de ser odiosa. O U2 não tinha realmente feito nada contra mim. Mas eu também soube que o U2 era um banda poderosa, e que a cobertura de música britânica e irlandesa não permitiria que você fizesse críticas contra eles".
Em 2014, quando 'Songs Of Innocence' foi lançado e disponibilizado de forma gratuita para todos os usuários do iTunes - fato que fez com que o álbum aparecesse nas listas de reprodução de aparelhos iPhone e iPOD, Sinead disse: "O que eles fizeram com o iTunes foi uma péssima jogada de marketing. Foi algo quase terrorista. Eu não sou muito fã de U2, mas não se invade a vida das pessoas desta maneira. Foi um tiro no pé. O que houve foi quase um atentado terrorista.”
Dias atrás, Sinead publicou um vídeo no Facebook em que fala abertamente sobre os seus transtornos mentais e se queixa, mais uma vez, do afastamento da família. Aos 50 anos, ela relata que está morando em um motel, em Nova Jersey, nos Estados Unidos. "Eu estou sozinha e não há ninguém em minha vida além do meu psiquiatra", conta, emocionada. "O homem mais doce da Terra, que diz que eu sou heroína, e essa é a única coisa que me mantém viva no momento. E isso é meio patético."
A cantora afirma se sentir muito só. "Eu dei tanto amor na vida, e não posso entender como alguém pode ser deixada tão sozinha. Por que estamos sozinhos? Pessoas que sofrem de doenças mentais são as mais vulneráveis. Vocês precisam tomar conta de nós. Não somos iguais a todo mundo", suplica a cantora, mãe de quatro filhos, que alega sofrer de três transtornos – entre eles o bipolar, o qual revelou em 2012, quando cancelou uma série de shows por motivos de saúde. Sinead ainda disse, no vídeo, que "quer viver", o que soou para muitos seguidores como uma ameaça de suicídio.
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