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quarta-feira, 9 de agosto de 2017
Coisas Do Brasil: 1998, e os ingressos falsificados para shows do U2 pela turnê Popmart eram xerox coloridas
No dia 31 de Janeiro de 1998, no Estádio do Morumbi em São Paulo, o U2 realizou o terceiro e último show da turnê Popmart no Brasil.
A organização informou que dez credenciais falsas foram apreendidas. O inspetor fiscal da prefeitura Nadim Joukadar, que fiscalizava junto com a Ecad as portarias do estádio, declarou que, em apenas uma delas, cerca de 20 ingressos falsificados por meio de xerox colorida haviam sido recolhidos.
A polícia registrou até às 23:00, 35 ocorrências, a maioria por posse de entorpecentes. Entre 22:30 e 23:00, a rampa de madeira que deu acesso do setor 5 ao gramado se rompeu, mas não causou vítimas. A PM isolou a área.
Segundo a Polícia Militar, a apresentação foi realizada com um público maior do que a lotação autorizada pelo Contru (Departamento de Controle de Uso de Imóveis), cerca de 95 mil pessoas. Mas segundo a organização, o total de público no show foi de 74.500 pessoas - exatamente a lotação autorizada. Esse total seria baseado na totalidade dos ingressos vendidos.
Esses dois órgãos que fariam a contagem de público por meio dos canhotos de ingressos. Assim, puderam obter o valor sobre o qual cobraram os 10% que o Ecad arrecadou sobre a bilheteria e os outros 10% que foram recolhidos pela prefeitura como ISS.
E é claro, sumiu dinheiro! A renda das três apresentações do U2 no Brasil, de acordo o balanço final da C&A, foi de R$ 7 milhões. Segundo o chefe de contabilidade da C&A, Carlos José Predolim, deste valor deveriam ser depositados em juízo, R$ 500 mil.
"Esse valor corresponde à parte da C&A, mas o empresário do grupo, Paul McGuinness, nos mostrou uma planilha em que consta que a renda total foi de R$ 9,8 milhões. Temos ainda direito a R$ 480 mil", disse José Diamantino, advogado do Ecad. O Ecad entrou na Justiça para receber 10% da renda bruta do evento.
Segundo Diamantino, o valor de R$ 9,8 milhões correspondeu à venda de 66.946 ingressos dos 118.888 do Rio e de 154.056 dos 182.000 de São Paulo.
"Franco Bruni, produtor do show, vai ter que prestar contas à Justiça sobre os R$ 2,8 milhões que faltam."
O Ecad informou semanas depois que a 19ª Vara Cível de São Paulo concedeu liminar para que 10% da receita bruta dos ingressos da bilheteria dos shows do U2 na cidade fosse revertida para o escritório.
O advogado do Ecad, Carlos Otávio Guzzo, que trabalhava para a matriz do escritório, no Rio, disse que o fato de o U2 ser uma banda estrangeira e só tocar suas próprias músicas não a eximia de pagar direitos autorais.
Segundo Guzzo, o U2 era filiado a uma empresa inglesa, a PRS, que tinhaconvênio com a brasileira UBC (União Brasileira de Compositores), responsável pela distribuição dos direitos autorais.
Do total arrecadado pelo Ecad, a legislação determinou que 75% iriam para os detentores dos direitos sobre as canções, 20% para o Ecad e 5% para as associações de compositores.
Para os shows do U2 em São Paulo, segundo a sucursal paulista do Ecad, foram designados entre 20 e 30 fiscais para trabalhar no Morumbi nas noites de show.
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