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quinta-feira, 23 de outubro de 2014

O motivo de Bono ter reescrito a letra de "Iris (Hold Me Close)"

O U2 é capa da nova edição da Revista Rolling Stone internacional, e uma das revelações da matéria é que Bono reescreveu a letra de "Iris (Hold Me Close)", uma canção intimista sobre sua falecida mãe, após ficar profundamente comovido com a carta do refém do grupo ISIS, James Foley, para a sua família.
"Percebi", Bono diz, "que nós todos seremos lembrados, e nós lembramos de nossos entes queridos, pelos momentos menos profundos. Os momentos mais simples. Na carta, ele diz ao seu irmão: 'eu me lembro de brincar de lobisomem no escuro com você.' Se eu fizer uma rápida saída, deixar o palco, minha família e amigos não estarão pensando sobre o cancelamento da dívida ou, sabe, lutando pela medicação de HIV/AIDS, ou do U2 sendo capa da revista Rolling Stone, ou 50 milhões de pessoas ouvindo 'Songs Of Innocence'. Eles podem lembrar de algumas caretas estúpidas que eu fiz no café da manhã."

Enquanto esteve preso em cativeiro na Síria, o jornalista americano James Foley era proibido de escrever. Ciente de que poderia não sair de lá com vida, pediu a uma companheira de cela que, quando fosse libertada, entregasse à sua família e amigos uma carta.
Na carta, Foley conta que dividia a cela com outros 17 reféns e que as conversas sobre amenidades e os jogos de xadrez e damas -feitos com restos encontrados na cela- ajudaram a passar o tempo.
"Tentamos encorajar uns aos outros e compartilhar força. Estamos sendo alimentados melhor agora, e todos os dias. [...] Eu recuperei a maior parte do peso que perdi ano passado", diz.
"Eu me lembro de tantos ótimos momentos em família que me levam para longe dessa prisão", diz o jornalista.
Foley agradece as orações por ele e diz que sente as pessoas quando reza. "Realmente sinto que consigo tocar vocês [a família e os amigos] mesmo nessa escuridão quando rezo", relata.
No último parágrafo, Foley se dirige a sua avó: "Continue firme porque vou precisar da sua ajuda para retomar minha vida".
Repórter de guerra, Foley foi sequestrado na Síria em novembro de 2012. Em 2011, esteve dois meses preso em uma cadeia na Líbia.
James Foley acabou sendo decapitado por terroristas do grupo ISIS.
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