O site U2 NEWS disponibilizou a matéria na íntegra da edição de novembro da Revista Rolling Stone americana, com o U2 estampando a capa.
O U2 não vai estar em turnê até o próximo ano, mas de alguma forma os concertos parecem existir, totalmente montados, na mente de Bono.
A banda tenta tocar uma das mais emocionantes canções do novo álbum, "Volcano", que começa com um gancho de baixo composto por The Edge. ("Ele é um daqueles caras que ficam a noite toda pensando em maneiras de fazer com que você se saia bem", diz Adam Clayton). Um grito é ouvido: “You were alone/Now you’re not alone”, evoca o momento no qual o Paul Hewson de 16 anos de idade encontrou sua banda, e Bono diz: "Esse será o momento chave do show". É um clima agradável para uma multidão, para um tratamento de estádio: luzes, uma massa cantando em uníssono. "Mas vai ser difícil na TV."
Ele está animado para tocar músicas novas para o público, mas não tanto por ensaiar elas. "O ensaio é chato", diz Bono, mordendo uma maçã. "Estou cansado do som da minha voz. E isso não deve ser assim! Algo deve estar muito errado com um cantor que sentir isso."
A turnê 360° que acompanhava o disco 'No Line On The Horizon' foi a turnê de maior bilheteria na história, mas a medida que passou, o U2 tocou cada vez menos músicas do disco.
Canções do álbum (“Moment Of Surrender”, “Breathe” e "No Line On The Horizon) foram diluídas no meio de clássicos do U2, com Adam Clayton e Larry Mullen, no entanto, vendo opções agora tão mais fracas: a inteligente musicalmente, mas liricamente inerte "Stand Up Comedy", e a energética mas desordenada "Get On Your Boots".
Larry Mullen: "A escolha de "Get On Your Boots" como single foi absolutamente desastrosa", ainda soltando fumaça com isso, cinco anos mais tarde. "Foi uma loucura, mas a decisão foi tomada, e esse foi o começo do fim. Nunca nos recuperamos disso".
"Foi uma derrota", diz Mullen.