O The Guardian publicou hoje uma entrevista feita com o U2, quando a banda esteve em Côte d’Azur, parte do litoral sul da França no Mar Mediterrâneo.
A matéria fala que o baterista Larry Mullen não precisa nem quer atenção, então é uma surpresa vê-lo abraçar seu filho de 18 anos, Aaron Elvis, na capa de 'Songs Of Innocence'. Como era esperado, foi idéia de Bono. "Ele não se sente muito confortável, mas é uma boa imagem", diz Mullen.
Quando lhe foi perguntado se o álbum levou-o a refletir sobre sua própria juventude, ele respondeu: "não, eu não preciso olhar para trás para seguir em frente." Mas ele admite que, relutantemente, perder a sua própria mãe na adolescência lhe deu uma afinidade imediata com o Bono.
"Tudo o que eu achava que seria, já não era mais. Tudo se partiu. Em casa, tudo havia ido embora, tudo se foi. Então eu tinha que procurar outro lugar para ir. Eu precisava de outra família e a banda se tornou isso para mim, e era um refúgio. Eu estava sentado atrás de um kit de bateria. Eu não preciso me explicar. E isso tem sido muito conveniente, porque não é algo fácil de falar, e eu admiro Bono por fazê-lo. É um período doloroso da minha vida e que ainda eu me sinto da mesma maneira. Quem me dera que eu só pudesse expulsar isso. Eu não tenho os recursos ou a força de vontade para fazer isso."
Quando é perguntado para Larry Mullen se ele se lembra do Bono adolescente como a bala de canhão de fúria e tristeza retratado em 'Volcano", a nova faixa da banda, o baterista responde instantaneamente: "Esse é o cara que eu conheço agora".