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domingo, 1 de janeiro de 2012

Tudo o que você queria saber sobre 'U2 3D' - Parte II

AS FILMAGENS

A fotografia principal começou em fevereiro de 2006. Dois shows foram filmados na Cidade do México para captura de imagens à meia distância, durante um ensaio para a equipe aprender a coreografia de performances do U2. A equipe capturou planos de imagens à meia distância adicionais usando duas configurações de câmera nos dois concertos em São Paulo, e capturaram imagens aéreas do baterista Larry Mullen, Jr. usando uma configuração única de câmera no show em Santiago.
Durante os preparativos para os concertos de Buenos Aires, o U2 tocou 10 canções no set sem o público, de modo que a equipe pudesse capturar em close-up as imagens usando uma lente grande-angular. Fazer isso durante o concerto teria interferido no show. Catherine Owens apelidou esta sessão de "filmagem fantasma".
Durante os shows de Buenos Aires, todas os nove configurações da câmera foram usadas​​, capturando imagens do U2 à partir do palco B (nas ferraduras). As gravações de Buenos Aires foram as maiores do projeto, exigindo uma equipe de 140 pessoas.
Em março de 2006, os concertos da turnê foram adiados quando a filha do guitarrista The Edge ficou doente. Durante este intervalo, a metragem dos sete shows filmados foram editados juntos, mas a equipe percebeu que várias tomadas ainda precisavam ser registradas, incluindo o display LED do palco e a platéia. Quando a turnê voltou em sua quinta etapa, em novembro de 2006, mais dois shows foram filmados em Melbourne para capturar as imagens necessárias, incluindo imagens close-up. Na época, as músicas que aparecem no corte final do filme já haviam sido selecionadas e, portanto, apenas canções específicas destes shows foram filmadas.

A produção de 'U2 3D' apresenta o primeiro 3-D de configuração de câmera múltipla e foi filmado usando cada câmera 3-D digital e deck de gravação existentes naquele momento.
A equipe tinha dois dias para montar o equipamento de filmagem antes de cada concerto, que exigia uma extensão de cabos de fibra óptica e um gerador elétrico ligado para fornecer energia em cada local. O equipamento de filmagem em 3-D consiste em nove plataformas de câmeras digitais customizadas e construidas para o filme.
O projeto em larga escala foi solicitado à 3ality Digital para trabalhos com o diretor James Cameron, seu principal concorrente na época.
3ality usaram suas próprias plataformas de câmera 3flex TS1 para as filmagens, além de cinco plataformas 3D Fusion, desenhado por Cameron e pelo operador de câmera Vincent Pace. Um total de 18 câmeras Sony CineAlta HDC-F950 foram usadas para a filmagem, com duas câmeras em cada plataforma. As câmeras foram equipadas com lentes de zoom digital Zeiss, tornando o filme 'U2 3D' o primeiro 3-D gravado usando uma lente de zoom.

Uma das plataformas 3D Fusion foi usada com uma Spidercam e tornou-se a primeira câmera 3-D aérea.
As câmeras em cada plataforma foram espaçadas com um olho de distância para criar um efeito 3-D na pós-produção. Usando um divisor de feixe montado no equipamento da câmera, uma câmera grava através de uma lente de 50/50, enquanto a outra grava a imagem refletida à partir dessa lente.
Cada equipamento pesava uma média de 91 kg. Todas as imagens do concerto foram filmadas com câmeras de configurações iguais, exceto nas duas gravações de Melbourne, onde uma única câmera CineAlta com steadicam foi usada para capturar close-ups.
As câmeras capturaram vídeos de alta definição para decks de gravação HDCAM SR, que permitiu que a equipe capturasse um concerto inteiro.
Na tecnologia mais velha era necessário estoque de filmes físicos que tinham que ser repostos a cada três minutos de filmagem.

Cinco membros da equipe trabalhavam em cada equipamento, simultaneamente, para garantir que o foco em ambas as câmeras estivessem sincronizados.
Depois que uma câmera foi destruída quando um segurança do palco jogou baldes de água sobre o público, a equipe impearmeabilizou as câmeras restantes.
Devido à experiência limitada de Owens em direção, que ela divulgou antes da produção, algumas das filmagens na América do Sul foram dirigidas por Mark Pellington, que já trabalhou com o U2 no vídeo da música "One". Pellington não estava envolvido na pós-produção, deixando Owens responsável pelos aspectos restantes do projeto, incluindo a direção criativa e edição.

Os shows foram filmados em um estilo que Owens descreveu como "muito pouco ortodoxo". Nenhum storyboard ou roteiros de filmagem foram usados, para garantir imagens naturais de performances do U2, sem improvisações.
Em vez de ser dirigido, o U2 realizou cada um dos seus concertos como de costume, com a equipe de filmagem capturando a metragem em tempo real para o total de 2 horas e meia de concerto.
As tomadas foram planejadas de forma que o desempenho da banda e a visão e participação do público no show não fossem interrompidos.
Para evitar a captura de imagens das plataformas mostrasse outras câmeras na filmagem, a equipe ficava na parte de trás do palco, ou alternando cada noite em imagens da esquerda para a direita e da direita para a esquerda.
Vários shows foram editados juntos para criar uma performance apenas, portanto, os integrantes do U2 foram obrigados a usarem as mesmas roupas toda noite para manter a continuidade.

Os holofotes de luzes adicionais foram focados na platéia durante as filmagens, e a iluminação foi desativada para a exibição do LED do palco. Microfones foram usados ​​para gravar o áudio de concerto, que incluiu microfones colocados no palco principal e em torno dos dois lados do palco B para gravarem a banda, e microfones foram colocados em todos os locais dos estádios para gravarem o público.
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