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segunda-feira, 9 de abril de 2018
Por trás da almofada de Frida Kahlo que encantou Bono na passagem do U2 por São Paulo
Quando o U2 esteve em São Paulo em Outubro de 2017, a banda em um final de tarde de sexta feira, foi a pé até uma sessão de fotos em um bar na região central da cidade. Havia alguns trechos de interdições e trânsito por conta da tradicional 'Peruada' dos alunos de Direito da USP.
A chegada da banda ao Drosophyla Bar causou furor entre os fãs. Lilian Varella, proprietária do estabelecimento, disse que publicações de Bono no Instagram deram pistas aos fãs. "Ele postou uma foto de uma almofada que temos aqui nos sofás do bar e o pessoal chegou aqui perguntando se era o bar que tinha a almofada", relatou ela.
O site A Vida No Centro escreve que o artista plástico Flammarion Vieira, cujo ateliê fica no Anhangabaú, levou um susto quando soube que uma almofada sua, a Frida psicodélica, tinha viralizado na rede por meio de uma foto no Instagram do U2. A foto foi tirada no Drosophyla Bar, na Nestor Pestana.
Chegando ao bar, Bono se encantou com a almofada com o rosto da pintora mexicana, e postou a foto. Para Flammarion, foi o reconhecimento máximo de um trabalho que vem fazendo há 12 anos, espalhando a imagem de Frida Kahlo em obras como almofadas, jogos americanos, quadros, guarda-chuvas e caixas, além de joias inspiradas nas cores e formas usadas pela artista mexicana e objetos mais exclusivos, como uma grande caixa, com um busto, um colar cheio de simbolismos, e um álbum com colagens que remetem a passagens na vida da artista mexicana.
A pintora entrou em sua vida há uns 25 anos, quando ainda morava em Brasília e leu um texto sobre ela. "Fiquei fascinado e comecei a pesquisar sobre a vida dela, uma mulher muito forte que sempre viveu muito apaixonada", conta Flammarion. Casada com o muralista Diego Rivera, com quem teve uma relação tumultuada e cheia de casos extra conjugais, ela também sofreu com problemas de saúde a vida inteira: teve poliomielite quando criança e nunca se recuperou totalmente das fraturas que sofreu durante um acidente de ônibus, aos 18 anos.
"Por isso a almofada foi batizada de Frida Psicodélica, em alusão aos remédios fortes que ela tomava para combater a dor", conta o artista. Muitas de suas obras já foram vendidas em Paris, onde tem amigos e para onde viaja com frequência para expor as peças.
A sua almofada da Frida fez muito sucesso com o U2. O que você sentiu quando viu a foto da almofada no Instagram do U2?
A minha amiga, Lilly, dona do Drosophyla, me mandou mensagem contando. Fiquei muito feliz, mandei uma mensagem direta para ele agradecendo, que talvez ele não vá ver nunca. Aí teve matéria na Globo, eu pensei: poxa, eles gostaram mesmo. A única coisa que eu achei chato foi que não citaram meu nome. Podiam ter citado: é do Flammarion Vieira, ele é artista plástico. Mas só de gostarem já estou muito feliz. Isso é o mais importante.
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