"One" foi o terceiro single do álbum "Achtung Baby" (1991), trabalho produzido em Berlim por Daniel Lanois e Brian Eno, e com o qual o U2 estabeleceu o objetivo de "tentar de novo", após os monumentais "The Joshua Tree" (1987) e "Rattle and Hum" (1988).
No entanto, a música nunca chegou ao número um das listas de sucessos após ser lançada em 6 de março de 1992, situação que "decepcionou um pouco" a banda, como disse o vocalista Bono no livro "U2 BY U2". Também causou surpresa que, embora fale da dor que causa a separação de duas pessoas, o hit seja visto por milhões de fãs como um hino ao amor.
"Nunca entendi por que as pessoas querem colocá-la em seu casamento. Conheci muitas pessoas que fizeram isso. E sempre pergunto a elas: você está louco? Essa música fala de separação!".
Porém, esse single parece ter gerado outras más interpretações. Depois que Bono, The Edge, Larry Mullen e Adam Clayton anunciaram que os lucros de "One" iriam para a luta contra a Aids, o fotógrafo Anton Corbijn apresentou à banda sua ideia para o videoclipe promocional.
No vídeo, que contou ainda com a participação do pai de Bono, o quarteto posou como travestis em um cenário decadente, refletindo também uma época marcada pela recente queda do muro de Berlim.
O U2 teve receio, no entanto, de que certos setores interpretassem que estavam relacionando a Aids exclusivamente com a sexualidade, e decidiram vetar o vídeo e contratar Mark Pellington para gravar uma versão mais sóbria e conceitual, que foi bem recebida, por exemplo, pela "MTV".
No entanto, era uma ideia muito repetitiva, e o U2 pensou que a música ficaria mais tempo nas listas de sucessos com uma versão mais convencional. A banda contratou então Phil Joanou, com quem já havia trabalhado no álbum "Rattle and Hum", e gravou o terceiro clipe.
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