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sexta-feira, 16 de março de 2012

Especial 25 anos de 'The Joshua Tree' - Parte6

RENÉ CASTRO

NUMA MANHÃ DE PRIMAVERA, O MEU AMIGO DAVID BATSTONE VEIO ME VISITAR NO MEU TRABALHO, NO MISSION CULTURAL CENTER FOR LATINO ARTS (MCCLA) EM SÃO FRANCISCO.
Com ele estavam Bono e Edge, que queriam me pedir um quadro do reverendo Martin Luther King que eu tinha criado e impresso. Havia apenas um sobrando, pendurado na parede. “Seja meu convidado”, eu disse ao Bono. “É seu.”
Depois desse quadro, teve outro do Victor Jara, o nosso símbolo chileno de resistência contra a ditadura do Pinochet. Bono conhecia Jara através do livro ‘Una Canción Truncada’ (‘Uma Canção Truncada’), escrito pela sua viúva Joan Turner, e que o inspirou a escrever “One Tree Hill”, onde “Jara sang his song a weapon” (“Jara cantou sua música uma arma”).
Bono, Edge e eu nos tornamos amigos com vários resultados criativos incluindo a pintura de um palco, “Peace in Central America” (“Paz na América Central”), para um show do U2 no Oakland Coliseum e uma manifestação com cruzes pintadas de branco com o nome das pessoas que tinham morrido na guerra da América Central. Isso acompanhou “Mothers of the Disappeared” (Las Madres de los Desaparecidos), com um efeito simples e poderoso.
David Batstone, diretor do CAMP, organizou uma visita à América Central para o Bono e para a Ali. Lá eles conheceram mulheres que tinham perdido tudo – parentes, maridos e filhos. Essas mulheres, “Las Madres de los Desaparecidos” eram a força moral de um valor inegável.
Eu não as vejos como músicas políticas, mas como hinos profundos à verdade, ao amor e à vida.
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