"Se conseguimos algo como uma banda, é a franqueza emocional de nossa música. Mas por que ainda continuamos? Porque precisamos disso...."

2005. Bono fez um discurso no 30º Nordoff-Robbins Silver Clef Awards, após o U2 receber o prêmio 'Lifetime Achievement' da British Music Industry.

Nordoff Robbins é uma instituição de caridade que administra terapias relacionadas à música para pessoas com deficiência física e mental, para as quais a música se torna um meio vital de expressão.

"Uma coisa humilhante para um letrista aceitar é que a banda poderia estar certa nos primeiros dias quando me disseram: ninguém ouve as letras, apenas nos dê um refrão.

Segui seus conselhos nos anos 80, lutei contra eles nos anos 90, e agora no início dos 00, estou começando a perceber que eles podiam estar certos o tempo todo ...

A cabeça não pode governar o coração ... um sentimento é muito mais forte do que um pensamento ...

Esse é realmente o modus operandi dessa banda, e isso é algo que você não teria que explicar ao Dr. Nordoff e ao Sr. Robbins.

Eles sempre souberam disso.

Usar a música como uma ferramenta educacional, não realmente letras, música - porque a música se comunica no nível mais profundo.

Na verdade, a banda tem sido mais eloqüente que o vocalista ... Eu também estou na banda ...

Posso sugerir a localização, esboçar o terreno, mas eles vão lá. Tento colocar em palavras e fazer a melodia da música que criamos como uma banda.

Às vezes me sinto um pouco como um meteorologista, observando a forma como o vento sopra.

Os irlandeses não falam muito sobre o tempo - vocês, britânicos, falam muito melhor. Mas, na verdade, escrevi muito sobre o clima. Eu fui chamado de Michael Fish dos letristas. Não apenas na década de 80, até recentemente. "Beautiful Day", "Electrical Storm", "Staring At The Sun".

Nossa música sempre foi elementar, o instinto sobre o intelecto todas as vezes.

Se conseguimos algo como uma banda, é a franqueza emocional de nossa música. Mas por que ainda continuamos?

Porque precisamos disso ... na verdade, estamos nos agarrando à música com mais força do que qualquer um que vem aos nossos shows ou compra nossos álbuns.

Nos precisamos disto. A terapia".