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quinta-feira, 9 de junho de 2022

Bono fala sobre Chris Blackwell e sua importância para o sucesso do U2


'The Islander: My Life in Music and Beyond' é o título do novo livro de memórias do fundador da Island Records, Chris Blackwell.
Ele conta: "A maioria das minhas raízes estão na bateria e no baixo pesado – baixo jamaicano – e o U2 era mais de alta frequência. Eu não senti algo. Mas eu definitivamente achava que eles eram enormes – eu realmente achava, porque eles estavam tocando em um pequeno clube e com menos de 20 pessoas lá, e você pensaria que havia mil pessoas do jeito que Bono projetou. Isso realmente me impressionou. E a outra coisa que realmente me impressionou foi que eles tinham um empresário que usava terno e falava sério. Muitas vezes o empresário é o amigo que não sabe tocar nenhum dos instrumentos, mas ele falava sério, e dava para ver a paixão deles pelo que estavam fazendo".
"Não é exagero dizer que Chris ofereceu um modelo para alguns de nós sobre como viver", escreveu Bono em um e-mail. "Lembro-me dele me dizendo uma vez do lado de fora de uma de suas propriedades: 'Tente não jogar seu sucesso na cara de pessoas que não têm tanto sucesso. Tente ser discreto'. Suas maneiras perfeitas e sua voz trêmula nunca apareceram como uma ordem. Ele era ele mesmo em todos os momentos".
Os últimos capítulos do livro são os mais dramáticos, onde Blackwell relata como a escassez de fluxo de caixa - a Island não conseguiu pagar a conta de royalties do U2 em um ponto, então Blackwell deu à banda 10% da empresa - e más decisões de negócios o levaram a vender a Island. "Não me arrependo, porque me coloquei lá", disse Blackwell. "Eu cometi meus próprios erros".
Paul Morley, o jornalista musical que escreveu 'The Islander: My Life in Music and Beyond' com Blackwell, disse que foi somente depois que Blackwell vendeu a Island para a PolyGram em 1989, por quase US$ 300 milhões – e que agora faz parte do gigante Universal Music Group – que ele começou a mostrar qualquer interesse em reivindicar seu lugar na história.
Quando o U2 começou a trabalhar em seu quarto álbum, 'The Unforgettable Fire', a banda queria contratar Brian Eno como produtor. Blackwell, pensando em Eno como um vanguardista, se opôs à ideia. Mas depois de conversar com Bono e The Edge sobre isso, Blackwell aceitou sua decisão. Eno e Daniel Lanois produziram 'The Unforgettable Fire' e seu sucessor, 'The Joshua Tree', que estabeleceu o U2 como superstars globais.
"Quando ele entendeu o desejo da banda de se desenvolver e crescer, de acessar outras cores e humores", acrescentou Bono, "ele saiu do caminho de um relacionamento que acabou sendo crucial para nós. A história revela mais sobre a profundidade do compromisso de Chris em nos servir e não o contrário. Nunca houve bullying".
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