Em um novo livro de memórias, o empresário Chris Blackwell que fundou a Island Records e trabalhou com Bob Marley, Roxy Music e U2, fala sobre sua incrível vida na indústria.
Ele tinha um feeling muito forte sobre o U2, embora a música deles não fosse o estilo dele. "Sou mais orientado para baixo e bateria e eles eram mais de alta frequência", disse ele ao The Guardian.
"Mas eu sabia que eles conseguiriam. Todos eles são realmente inteligentes. E eles foram abençoados por ter um empresário realmente bom. Muitas pessoas que gerenciam bandas não são realmente competentes para fazer nada. Mas o empresário deles estava falando sério".
Quando o U2 se tornou um enorme sucesso, no entanto, Blackwell estava sobrecarregado financeiramente e, portanto, não tinha dinheiro para pagar todos os royalties que devia. Em vez disso, ele ofereceu à banda uma porcentagem da Island, um movimento que acabou colhendo um lucro muito maior do que o acordo original teria.
Chris Blackwell, que transformou a Island Records em uma das gravadoras mais bem-sucedidas da história da música e amiga dos artistas, admitiu que, ao longo do caminho, cometeu alguns erros graves.
Ironicamente, o mega-sucesso do U2 se tornou um dos fatores que ajudaram a acabar com a era de Chris Blackwell na Island Records. Sua imensa popularidade transformou a gravadora em uma empresa muito maior do que seu criador a projetou, contribuindo para sua decisão de vender sua participação.
Para Blackwell, outro aspecto triste de sua carreira é a lista de artistas com quem trabalhou e que não viveram muito, incluindo Sandy Denny, Nick Drake, Jimmy Miller, Paul Kossoff do Free e Chris Wood do Traffic. "Essa é a parte miserável do negócio da música", disse ele.
Ao mesmo tempo, ele encontra grande satisfação nos saltos artísticos que vieram de sua decisão de deixar seus melhores talentos seguirem seus instintos. "Eu não digo às pessoas o que fazer", disse ele."“Eu os encorajo a fazer o que podem".
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