Paul McGuinness, ex-empresário do U2, em um comunicado explicou a escolha da banda do local para os shows de Ano Novo no The Point Depot em 26,27,30 e 31 de Dezembro de 1989 pela Lovetown Tour e se exaltou sobre as críticas em relação aos valores altos dos ingressos:
"A ideia do U2 tocar em Dublin no início da nova década já existia há muito tempo. Queríamos que fosse uma ocasião muito especial e uma oportunidade para o público da nossa cidade ver o U2 em um ambiente intimista.
Foi dito que o U2 só se apresenta atualmente em estádios de futebol. Por essas e muitas outras razões, decidimos fazer cinco shows no The Point Depot na última semana do ano em uma configuração mista de assentos e em pé com capacidade de 4.500 pessoas. Nós vamos trazer nosso palco, iluminação e produção de som e faremos do local o ambiente ideal para uma apresentação e o ambiente ideal para o público ver o espetáculo. Com a capacidade combinada limitada a 22.500 pessoas, a oferta nunca poderia atender à demanda (o U2 tocou para quase 200.000 pessoas em Belfast, Dublin e Cork na turnê de 'The Joshua Tree').
O U2 tem tido uma política ao longo dos anos de dar bom valor para faixas extras nos lados B, convidados especiais em nossos shows, preços baixos nos ingressos. A nossa reputação de fair play foi tão bem estabelecida que sentimos que os preços dos ingressos propostos eram razoáveis. Em uma cidade onde ele tem custado até 20,50 libras para ver Bruce Springsteen em um campo, 18,50 libras para ver o Simple Minds ao ar livre e 65 libras para ver Frank Sinatra em um estádio de futebol, sentimos que as pessoas estariam interessadas em pagar para ver U2 e BB King se apresentando juntos em um ambiente relativamente íntimo. Reconhecemos que o preço do ingresso era alto e foi por isso que avisamos com uns meses de antecedência sobre a data de venda. Sentimos que as pessoas aceitariam os preços propostos como justos para as circunstâncias.
Parece que cometemos um erro. Nós estaremos baixando os preços dos ingressos para 16 libras e 18 libras para assentos. A configuração e, portanto, a capacidade pode ter que ser reexaminada.
Quanto à questão de saber se os shows são para caridade ou não, eu simplesmente vou re-declarar a política de longa data do U2 de nunca discutir, com a mídia ou outros terceiros, quaisquer contribuições filantrópicas ou de caridade que fazemos. Em qualquer caso, com os preços dos ingressos no novo preço, o assunto se torna acadêmico: pode não haver lucro líquido para falar disso nesses espetáculos.
Deve ser perguntado se essa coalizão peculiar de sacerdotes e outros comentaristas trará sua enorme influência para as outras questões mais importantes de precificação do dia? Gasolina? O custo da viagem? O setor agrícola deveria ser subsidiado? E quanto a taxa de juros? Carvão e manteiga?".
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