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segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Adam Clayton e The Edge em entrevista no México para a Noticiero Televisa


Adam Clayton e The Edge deram uma entrevista no México para Paola Rojas do Noticiero Televisa, logo após as apresentações do U2 no país pela 'The Joshua Tree Tour 2017'.
The Edge disse que após os terremotos no México, a banda debateu se deveriam cumprir a agenda e tocar ou não no México, e pediram opiniões de muitas pessoas, e por unanimidade, todos contestaram a possibilidade de não ocorrer os shows, acharam que era um bom momento para se fazer o espetáculo. "Não foi fácil, porque para se tocar canções de rock, neste contexto, temos que ser muito cuidadosos, e eu suponho que nossa música tem qualidades que fazem dela mais que puro entretenimento."
A dupla falou que ficou impressionada com as organizações locais e como as pessoas se ajudaram para superarem este terremoto. Paola Rojas lembrou que o U2 faz parte disto, com seu gesto de solidariedade, doando rendimentos dos shows na ajuda aos afetados pelo terremoto.
Edge comentou: "É o mínimo que poderíamos fazer, e estamos muito contentes com isso, ajudar 16 mil desabrigados pelo terremoto, que agora poderão ter um teto."
Adam completou: "Estamos muito felizes de termos feito algo, de termos vindo para cá, ser um grãozinho de areia nisso."
Paola pergunta como é a similaridade dos irlandeses com os mexicanos, como é esta conexão do U2 com o México, e Adam responde: "Eu penso que como irlandeses, parece que nos damos melhor com as culturas latino americanas, do que com as do norte da Europa. Talvez seja essa conexão com o catolicismo, honrar o país, saber se divertir."
Edge comenta que "há uma sensibilidade que reconhecemos, a questão dos valores, que é o que importa."
Sobre os shows da turnê, Adam diz que há uma conexão, que eles planejaram abordar tudo o que levou ao coração do 'The Joshua Tree', levando o público ao início, interpretando as canções antes de 'The Joshua Tree', depois o conjunto de canções deste disco tocado na íntegra, e então a parte final do show que é o que aconteceu depois de 'The Joshua Tree', chegando até o novo single do próximo disco da banda. Adam diz que a canção alcançou o topo das paradas no México.
Edge completa: "O que se pode sentir das canções de 'The Joshua Tree' é muito mais que um reflexo do passado, elas de alguma maneira permaneceram atuais durante muitos anos, e agora se conectam com o que está acontecendo no mundo e na política, e os temas e as coisas que nos motivaram e nos inspiraram na composição delas há 30 anos atrás, de repente parece que voltamos ao ponto de partida e que esses temas voltaram novamente, iguais."
Sobre o atual U2, Edge diz: "Você tem que sempre dar um passo à frente. Nossa banda, não podemos nos queixar do tempo que estamos juntos como banda, nossa trajetória, nossas conquistas, o apoio fenomenal que temos, mas sempre temos o sentimento de que uma grande canção ainda está por vir, há mais uma grande canção que queremos compor, e neste novo disco, uma de nossas missões foi de colocarmos 12 canções que teriam potencial de se tornarem canções clássicas."
Paola Rojas fala que um dos momentos mais marcantes do show foi com as imagens de mulheres inspiradoras, poderosas no telão. Ela pergunta qual foi a mensagem que a banda quis passar.
Adam que responde: "Eu acho que temos que falar, que chegou a hora de ter uma igualdade real, a mulher é não é valorizada em muitos países, não as deixam avançar, e nós estamos reconhecendo isso e decidimos que queremos que isso termine, que está na hora disso acabar."
Edge também comenta: "Há uma campanha que Bono vem fazendo chamada 'A Pobreza É Sexista', e tem a ver com que as meninas tenham estudos, porque é suposto que isso é o mais importante e essencial, que se pode oferecer à uma criança, a educação, e nos demais países do mundo, as meninas não puderam estudar. Eu penso que se essa campanha tiver sucesso, acabará com estes problemas em gerações futuras, e pode ter um impacto no mundo."
Emocionada, Paola Rojas diz que no México, eles precisarão reconstruir, casas, hospitais, escolas, enquanto do outro lado da fronteira uma pessoa quer construir um muro (Donald Trump, presidente dos EUA). E pergunta o que eles acham disso.
Adam Clayton diz: "Não é uma boa ideia. Muros não são coisas boas. Eu não quero dar moral à nenhuma das pessoas do outro lado que pensam assim, porque me parece que é uma frase que é um insulto muito grande ao povo mexicano, para todos no México."
Edge: "Temos uma opinião muito firme à este respeito, e temos isto como um tema que faz parte de um vídeo em nossos shows, e para nós a pior forma de se fazer política, é com a política do medo. Concordo com o Adam não merece moral. Nossa função é formar uma coalizão de otimismo, mirar o futuro com uma visão positiva."
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