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quarta-feira, 18 de outubro de 2017
Ian Astbury do The Cult cita o U2 em entrevista no Brasil
Recentemente, o The Cult, formado nos anos 80, fez um show em São Paulo no Festival São Paulo TRIP, e o vocalista Ian Astbury, de 55 anos de idade e um dos dois únicos remanescentes da formação original da banda, deu uma entrevista por telefone ao G1.
G1 – Você já declarou que não acha que os integrantes de bandas não devem ficar juntos para sempre, já que mesmo os casamentos mal chegam a tanto. É por isso que o Cult teve tantas mudanças de formação ao longo dos anos e só sobraram você e o guitarrista Billy Duffy?
Ian Astbury – (Risos) Acho que é como a natureza: você não pode ter 25 anos para sempre, sabe? Você não pode ficar sempre na mesma localização geográfica, o clima não continua o mesmo... Tudo no universo está mudando constantemente, e nós, como indivíduos, também. Então, quando tentamos construir estruturas que se baseiam em quatro individualidades, é muito difícil para manter a energia daquilo, sabe?
E depois aquilo evolui, torna-se uma outra coisa, e você tem de mudar os membros. Alguns membros se incineram. São como fusíveis: eles queimam. As pessoas se esgotam, especialmente trabalhando com gente como eu e o Billy [Duffy, guitarrista e outro membro original do Cult]. Nós demandamos muito das pessoas que trabalham conosco. Então, o ambiente no estúdio, ao vivo, se a nossa energia não bate, a coisa se desestrutura, sabe?
Poucas bandas continuam. A maioria termina ou fica separada por um período de tempo ou muda os membros ou eles morrem, muitos se vão ao longo dos anos. E continuam evoluindo. O U2 é único, nesse sentido.
É por isso que sinto que, de muitas maneiras, hoje vemos a ascensão de figuras individuais na música, muito mais como ícones, tipo no hip hop.
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