"As pessoas dizem: 'Por que você não dá entrevistas? O que você pensa sobre isso? O que você acha disso?' Meu trabalho na banda é tocar bateria, entrar no palco e dar suporte à banda. Isso é o que eu faço. No final do dia, é tudo o que é importante. Todo o resto é irrelevante."
Hoje, 31 de Outubro, o baterista Larry Mullen Jnr completa 56 anos de idade! Para a maioria, Mullen é o membro silencioso do U2. Para outros, o mal humorado. Jornais costumavam escrever no início que ele se escondia atrás de Bono, que parece ser um mentor para o baterista. Larry sempre rebateu:
"Bom, se ter um melhor amigo é interpretado como se esconder atrás de alguém, então sim, eu acho que sou culpado disso. Somos todos melhores amigos nesta banda. E enquanto grande parte do mundo acredita que nos levamos muito a sério, não é assim todo o tempo. Se isso fosse verdade, eu não acho que nós teríamos tido tempo depois de 'Rattle And Hum' para construir nossas próprias casas e corrigir nossos próprios problemas. Nós estaríamos jantando e comendo caviar e bebendo champanhe em algum Resort exótico. Nós trabalhávamos na classe em 1978 quando nos formamos. Nós estávamos trabalhando em 1983 quando nós fomos notados. Mas agora mais do que nunca, somos homens da classe operária. Levamos o nosso trabalho a sério. O nosso trabalho é a música. Mas não nos levamos a sério. Dizer isso vende estes lixos de tabloides. Escritores começaram a nos destruir na turnê de 'The Unforgettable Fire', dizendo que nós pensávamos que éramos uma espécie de deuses e tínhamos esquecido nossas raízes. Nunca esqueceremos nossas raízes. Percorremos um longo caminho desde aqueles dias, mas nunca vamos esquecer. Sabemos quem somos e sabemos o que passamos para chegar aqui."
Como ele mesmo deixou claro, é muito raro ele conceder uma entrevista, então declarações deles são poucas. Abaixo estão algumas interessantes:
"Sou um garoto dos anos 70, e os bateristas que me inspiraram foram Mo Tucker (Velvet Underground), Cozy Powell, Bill Fifield (Legend), Peter Phipps (Glitter Band)... aqueles eram os meus heróis naqueles dias. Eu também sabia os nomes dos grandes bateristas dos anos 50, anos 60. Eu também sabia que não queria - ou não era talentoso o suficiente para - tocar como eles, então eu iniciei a minha própria banda.
No que diz respeito à prática, quando eu não estou no estúdio ou em turnê, para ser honesto, eu já estive em um estúdio ou na estrada praticamente a vida toda. Eu dedico os raros momentos em que não estou em uma dessas duas situações para atividades que não são de bateria."
"Todos temos opiniões sobre o que a nossa Irlanda significa para nós. Dois membros da banda nasceram na Inglaterra e foram criados na fé protestante. A mãe de Bono era protestante e seu pai era católico. Fui educado como católico. O U2 é um exemplo vivo do tipo de unidade de fé e tradição que é possível na Irlanda do Norte."
"Após o limão gigante no palco, tivemos dificuldade para ter ideias de simplicidade que fossem favoráveis à Bono, particularmente, que é um cantor. Você tem que lembrar que eu sou o baterista, então eu estou na parte de trás, eu tenho esta bateria em volta de mim. Estou protegido - mas para ele, há uma certa quantidade de medo em estar na frente de uma platéia e não ter mais nada. É assustador."
"Eu amo os filmes do Elvis. Eu costumava assistir todos eles. Em cada um de seus filmes, ele não estava atuando como vendedor de carros - ele estava atuando como um vendedor de carros que gostava de tocar violão."
"Precisamos ser criativos, desafiados, e é realmente difícil. É implacável, e somos implacáveis, e temos uma história de destruir engenheiros, produtores. Quero dizer, as pessoas depois que trabalham com U2 vão e dizem: 'Eu simplesmente não sei o que aconteceu. Parece que uma vida passou'. E é assim que trabalhamos."
"O palco da 360° era como uma nave espacial, e eu sei que já fizemos naves espaciais antes e saímos de frutas cítricas! Mas aquilo nos permitiu passear perto do centro do estádio. Não havia sido feito antes. Essencialmente, estávamos tentando aproximar a banda e o público e esse foi o desafio"
"Tony Blair é um criminoso de guerra, e acho que ele deve ser julgado como um criminoso de guerra. Então eu vejo Bono e ele como amigos, e eu não gosto disso. George Bush é um criminoso de guerra? Provavelmente - mas a diferença entre ele e Tony Blair é que Blair é inteligente. Então, ele não tem desculpa."
"Eu me acho legal. Eu não sei sobre os outros três, mas se eu me acho legal, eu sou legal."
"Se o Bono fosse embora na nossa primeira reunião, poderíamos continuar. Se eu fosse embora, estariam todos ferrados."
"Nós sempre queremos nos desafiar e desafiar o nosso público. Nós não fazemos música para nossa audiência. Somos muito egoístas sobre a nossa música. Nós fazemos a música para nós mesmos primeiro. Quando as pessoas apreciam nossa música, isso é o bônus, mas nós somos muito egoístas sobre isso."
"A única música que muda a atmosfera de um show nosso, com consistência, é "Where The Streets Have No Name". É um daqueles ótimos momentos. Sempre me faz rir pensando em Brian Eno tentando apagar a fita porque ele não conseguiu entender a música."