As raízes do álbum seminal 'The Joshua Tree' do U2 não pararão de crescer. O que originalmente foi concebido como um par de shows para comemorar o 30º aniversário do álbum de 1987, virou muito mais.
A turnê, iniciada em maio, é uma das maiores caminhadas do ano, com quatro pernas que abrangem a América Latina e a Europa.
"Estávamos no meio de outra turnê (de 'Songs Of Innocence'), e sabíamos que 2017 iria ser o aniversário de 'The Joshua Tree' e consideraram tocar um ou dois shows", diz Craig Evans, diretor de turnê de longa data do U2. Mas quando eles começaram a pensar sobre isso, tornou-se muito claro que a demanda e expectativa para o show seriam em um nível que exigiriam uma turnê.
"Nós não poderíamos fazer apenas um show. Tivemos que fazer uma turnê completa."
A 'The Joshua Tree Tour 2017' representa uma primeira vez para o U2 - a primeira vez que eles saem em turnê comemorando um álbum clássico, embora seja uma prática regular entre os atos veteranos nos dias de hoje.
"A banda realmente sempre acompanhou uma fórmula constante de criatividade com os novos álbuns, que permite que a banda explore a direção que eles vão com sua música", diz Evans. "Eles nunca olham para trás".
Ele acredita que os fãs U2 nunca verão novamente uma turnê da banda comemorando um álbum clássico. "Eu não vejo isso acontecendo. É um ocorrido único na carreira. E também, o 'The Joshua Tree' era excepcional e extraordinário. É um álbum tão dramático. É icônico. Ele falou de perto para as pessoas e para a banda. A banda não sente (fazendo a turnê do álbum agora) que é um olhar para trás. Ainda é relevante e atual para o tempo atual com as perguntas que levanta, as ideias que explora", ele fala sobre o álbum, que se aprofunda em questões políticas e sociais. "Muitas delas ainda estão atualizadas. O 30º aniversário disso significa muito."
O fotógrafo e diretor de vídeo Anton Corbin, que foi o responsável pelas fotografias para o álbum há 30 anos, criou conteúdo visual para cada canção nesta turnê.
"Nós temos visuais que são emocionais, inspiradores, emocionantes", diz Evans. "Estamos trazendo a música para a vida de uma forma visual... que raramente é vista em um estádio". Ele diz que os vídeos são exibidos em uma tela tão grande que "qualquer um no fundo do estádio vai pensar: eu não deveria ser capaz de ver isso de uma maneira tão nítida."
Para dar início ao show, o U2 toca alguns de seus maiores sucessos em um palco no meio do público. A banda se move para o palco principal para 'The Joshua Tree', apresentado do início ao fim.
"Quando a banda inicia o que se torna claramente o álbum 'The Joshua Tree', esse momento atinge o público", diz Evans. "A multidão se levanta, e se torna elétrica - uma daquelas coisas que arrepia o pêlo no seu braço".
A banda toca continuamente por cerca de 2 horas sem pausa.
Beck está abrindo os shows do U2 nesta terceira perna pela América do Norte. "Temos visto o público chegando cedo para que eles não percam isso", diz Evans. "Eles estão vindo muito antes do show do U2 vem porque eles estão vindo para ver o Beck. E a resposta que ele está recebendo é tudo o que poderíamos ter esperado."
Em meio à turnê, o U2 está lançando canções inéditas de seu próximo disco, 'Songs Of Experience'. Mas a turnê e as novas músicas não se cruzam. "Este ano, o U2 passou muito tempo no estúdio trabalhando em novas canções", diz Evans. "A turnê é um dos lados do negócio; o timing de singles é outro lado que não tem relação com a turnê. A gerência do U2 tem seu próprio calendário a respeito de como escolhem lançar a música."
É nítido que o U2 fará outra turnê em 2018 ou 2019 para o álbum 'Songs Of Experience'. "Isso não é nada que eu possa especular sobre ainda", diz Evans. "Não há nenhum plano neste momento. Mas a banda é sempre à favor de apoiar a sua música. Mas agora estamos focando na turnê de 'The Joshua Tree'."
Do site: St. Louis Post-Dispatch
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