PARA VOCÊ ENCONTRAR O QUE ESTÁ PROCURANDO

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Sir Paul McCartney diz que megaturnês do U2 são muito longas e não terminam nunca

O ex-beatle Paul McCartney revelou que, em razão de sua filha caçula, finalmente parou de fumar maconha, aos 69 anos. Em entrevista à edição de março da revista norte-americana Rolling Stone, Paul admitiu que, depois que passou a criar a pequena Beatrice, de apenas oito anos, fruto de seu relacionamento com a ex-modelo Heather Mills, desenvolveu “um senso de responsabilidade”.
“Já fumei muito. Agora chega”, afirmou. “Já tive minha dose. Quando você passa a cuidar de uma criança, seu senso de responsabilidade interior o desperta em algum momento, se você tiver sorte”. (...) “É o suficiente. Chega uma hora em que você simplesmente percebe que aquilo não é mais necessário”, admitiu.
Segundo o cantor britânico, é também em razão de Beatrice que ele decidiu encurtar a duração de suas turnês pelo mundo. “Não fazemos mais turnês gigantes, como aquelas megatours que o U2 faz e que não acabam nunca”. “O que fazemos atualmente são eventos e em datas seletivas. Isso tudo por causa da custódia [de Beatrice]. Em um primeiro momento, eu pensei, ‘Deus, será que isso vai se tornar um problema?’. E acabou virando uma bênção”.
Paul sempre admitiu ser admirador da erva, mas que também passou por muitos problemas relacionados às drogas, até mais que seu colega de banda John Lennon, que tinha uma reputação de “usuário” muito mais forte do que a dele.
Quem o introduziu à maconha foi o cantor e compositor Bob Dylan, em 1964, durante um encontro em Nova York. O norte-americano ficou surpreso com o fato de que, até então, Paul nunca tinha experimentado a erva. Três anos depois, já tendo se tornado um grande consumidor, já militava pela legalização da droga. Depois, suas experiências com entorpecentes se ampliaram com a cocaína, heroína, LSD e uma série de substâncias psicodélicas que teriam inspirado os Beatles em muitas de suas maiores canções.
Em 1972, chegou a ser preso na Suécia e na Escócia por posse de drogas. Pelo mesmo motivo foi também foi deportado do Japão e de Barbados durante a década de 80.
Durante seu segundo casamento com, Heather Mills, que durou apenas quatro anos (2002-2006), ele tentou parar após receber um ultimato da esposa: “ela ou as drogas”. Durante o turbulento processo de divórcio e na disputa pela custódia de Beatrice, Mills acusou Paul de consumir maconha “tão regularmente quanto um britânico toma chá”, e que dificilmente poderia ser um bom exemplo para a filha.
Na mesma entrevista, o músico também revelou que os Beatles já chegaram a cogitar um retorno, mas entenderam que ele poderia desmistificar a banda; “Sempre dissemos de maneira convincente um ao outro: ‘Nós fechamos nosso ciclo’. E, o mais importante, (a volta) poderia dar tão errado que estragaria todo o ideário gerado em torno dos Beatles. A ponto de passar a impressão de que ‘nossa, ele não eram tão bons assim’. Portanto, a ideia de voltar nunca nos pareceu muito convincente”, afirmou.
Paul também revelou que chegou a ser persuadido a encerrar a carreira ao completar 50 anos de idade, por influência de seu então agente. Atualmente, porém, sequer planeja pensar no assunto. “Nunca vou acreditar que terei 70 anos, não importa o que você diga. Há uma pequena célula em meu cérebro que me fará nunca aceitar isso”, afirma. Hoje, Paul se imagina tocando nos palcos aos 80. “Eu acredito que sim. Se isso vai se tornar realidade eu não sei”.
Ele afirma que só pensa em encerrar a carreira quando não sentir mais prazer no que faz, o que seria o contrário do que ocorre hoje. “Quando dizem para mim ‘Abra espaço para os mais jovens’, eu penso: ‘F***-se, eles que tracem seus próprios caminhos. Se eles forem melhores do que eu, eles irão me superar’. O Foo Fighters, por exemplo, não tem qualquer problema, eles são bons. Fazem a sua parte”, afirma.

Do site: operamundi.uol.com.br 
Comentários
0 Comentários

Nenhum comentário:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...