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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

"Rock The Casbah" em shows do U2

Em diversos shows do U2 pelas turnês Vertigo e 360º, Bono durante performances de "Sunday Bloody Sunday", incluia um trecho da canção "Rock The Casbah", do Clash.
Na turnê 360°, enquanto Bono cantava um trecho da canção do Clash, o telão mostrava trechos de protestos no Irã.

Também na turnê Vertigo, o sistema de som dos estádios tocavam a canção original, enquanto o público aguardava o início do show do U2.
Antes do show de Melbourne, Bono adorou ouvir a multidão cantando em coro a canção, antes da apresentação do U2.
Aqui no Brasil em 2006, "Rock The Casbah" foi tocada no sistema de som do Estádio do Morumbi, nas duas noites de apresentação.


"Rock the Casbah" é uma canção da banda britânica de punk rock The Clash, lançada no álbum de 1982, 'Combat Rock'.
Uma das teorias sobre a origem da canção é que ela foi inspirada pelo banimento do rock no Irã após a chegada do aiatolá Khomeini ao poder. A canção faz o relato fabulista do banimento sendo desafiado pela população, que continua "agitando o casbah". O Rei ordena aos combatentes aéreos que bombardeiem qualquer um que esteja violando o banimento. Os combatentes ignoram as ordens e, ao invés disso, começam a escutar rock também.
A canção não faz nenhuma menção explícita ao Irã ou a nenhum outro país muçulmano. A letra inclui uma mistura de termos árabes, judeus, urdus e norte-africanos, como sharif, beduíno, sheikh, kosher, raga, muezzin, minarete e casbah.
De acordo com o livreto da compilação The Clash on Broadway, "Rock the Casbah" se originou após Bernie Rhodes, empresário da banda, fazer uma reclamação jocosa de uma faixa excessivamente longa que o Clash gravou para o álbum. "Tudo tem que ser tão longo como uma raga?", indagou à banda, comparando a faixa ao estilo musical indiano conhecido por sua complexidade e longa duração. A partir desse evento, Joe Strummer escreveu o primeiro verso: "O Rei disse aos homens que dançam o boogie: 'vocês têm que parar com o raga'". O resto da letra foi adicionado em seguida.
"Rock the Casbah" é uma das poucas canções da banda em que o baterista Topper Headon teve um papel substancial no processo de composição da música. A abertura instrumental é uma melodia que ele havia criado no piano algum tempo antes. No documentário de 2000 sobre a banda Westway to the World Headon, Headon disse que tocou bateria, baixo e piano durante a gravação da canção. Ele afirma que, enquanto achava que estava apenas brincando com a melodia para a banda, a sua performance foi gravada sem ele saber. Entretanto, no documentário de 2007 The Future Is Unwritten, sobre a vida de Strummer, Headon afirma que ele estava no estúdio esperando o resto da banda para a gravação e, quando se cansou de esperar, gravou ele mesmo as partes utilizadas na canção.
O Clash era conhecido por seus videoclipes de baixo orçamento, dentre eles "Rock the Casbah". Filmado em Austin, capital do Texas, o vídeo mostra um árabe (interpretado pelo ator local Titos Menchaca) e um Judeu hassídico (interpretado pelo diretor teatral local Dennis Razze) se divertindo juntos pela cidade, de vez em quando sendo seguidos por um tatu. Intercaladamente, são mostradas imagens da banda interpretando a canção em frente a um poço de petróleo. O vídeo se encaixa no tom humorístico da canção, apesar de ser também interpretável como um desejo de avanço nas relações árabe-israelenses.
A Força Aérea dos Estados Unidos foi uma personagem involuntária do vídeo. Duas naves RF-4C são mostradas pousando na Base Aérea de Bergstrom (perto de Austin) quando a letra da canção diz "o Rei chamou seus pilotos aéreos".
O videoclipe mostra o primeiro baterista da banda, Terry Chimes, no lugar de Headon, que saiu da banda devido a seu crescente vício em heroína. Headon admitiu mais tarde que ver o vídeo com "alguém em meu lugar, tocando a minha canção" foi doloroso e que contribuiu para que seu vício aumentasse.
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