Do livro "U2 At The End Of The World", de Bill Flanagan:
Eu pergunto ao Larry porque ele disse para o Bono, durante a turnê Lovetown, que ele não gostou do que o U2 tinha se tornado.
"Tinha se tornado muito sério, um trabalho muito pesado. E sem diversão. Não tinha nada a ver com música. Tinha a ver com levantar e ir trabalhar. Por tomarmos conta de muitos dos nossos negócios, passamos bastante tempo em reuniões. Sempre fizemos isto. No palco era bom, mas era muito intenso e muito trabalho pesado. A gente sorria porque estava estressado. Eu lembro de sair daquela turnê e sentir, 'Se isto é o que é, eu realmente não quero mais fazer isto, eu não consigo mais fazer isto.'
"Era apenas estressante a nível musical. Eu acho que nós nos demos conta que não éramos tão capazes de nos ligar ao mundo dos outros - como o do B. B. King - quanto esperávamos. E eu certamente achei que não tinha nada a ver com o lugar de onde eu vinha. Eu estou contente por ter tido aquela experiência, mas é isto. Eu venho de um mundo diferente."
Bem, eu disse, a temporada em Berlim não foi exatamente uma grande diversão.
"Não," Larry diz. "Era repentinamente tentar desplugar daquele mundo diferente do 'Rattle And Hum' e plugar-se em outro. Isto é muito difícil de fazer. Quando nos plugamos ao 'Rattle And Hum' perdemos o contato com o lugar de onde tínhamos vindo - que era tentar encontrar novos caminhos. Algumas pessoas foram mais rápidas em encontrar a rota do que outras, e isto causou uma grande ferida na banda. Porque, pela primeira vez na história da banda, não havia um consenso musical. Enquanto que no passado, apesar de talvez nem todos concordarem, havia uma espécie de entendimento sobre o que estava acontecendo. Desta vez, não havia entendimento. Ninguém fazia a menor idéia do que os outros estavam falando. Esta foi a base de todos aqueles problemas."