Em entrevista ao "The Sun" o vocalista do U2 disse que uma banda para sobreviver precisa de hits. Algo, que, segundo ele mesmo, há tempos o U2 não consegue.
Para o cantor, o grupo esteve 'à beira da irrelevância pelos últimos 20 anos. Mas, neste momento, pra mim é como se estivéssemos à beira da relevância", disse.
Basta lembrar que nenhum dos singles retirados do último álbum da banda chegou sequer no top 30 americano. O paradoxo é que ao mesmo tempo 'No Line On The Horizon' chegou ao topo da parada e a "U2360" foi a mais lucrativa turnê de todos os tempos.
Mas uma olhada nos setlists da última turnê mostram como a banda foi mudando de opinião a respeito das músicas mais recentes.
Se no show de estreia em 2009 o grupo não viu problema em tocar sete canções novas (incluindo as quatro primeiras da apresentação), na última data, dois anos depois, elas eram apenas três.
Com essa declaração o recado de Bono é basicamente simples: ele não quer que o U2 seja uma banda que viva basicamente de seu passado.
Ele diz estar ciente que o grupo pode tocar seus sucessos em estádios ao redor do mundo e até se mostra otimista ao dizer que nunca nos últimos 20 anos o U2 esteve em uma posição tão boa.
Mas logo o vocalista volta a ficar mais pensativo ao se mostrar em dúvida. Para ele saber se o U2 ainda pode fazer música para tocar nas rádios e clubes ou onde o mundo está acontecendo é algo que ainda não se é sabido. "É para lá que temos de ir se queremos sobreviver", completou o cantor.