A ex-diretora do musical "Spider Man: Turn Off The Dark", sobre o Homem Aranha, está processando os produtores do espetáculo, de acordo com a BBC. Julie Taymor pede uma indenização de US$ 1 milhão (R$ 1,75 milhão), alegando que seus royalties e trabalho não foram pagos corretamente.
Taymor também quer metade do lucro da versão original do show. Ela ainda quer impedir que seu nome seja utilizado em um documentário que retrata os problemas que aconteceram na montagem do espetáculo e que acarretaram na saída de Taylor da direção da peça.
Musical mais caro da história da Broadway - custou US$ 65 milhões -, "Spider Man: Turn Off The Dark" enfrentou problemas como críticas ruins nas sessões de pré-estreia, acidentes de atores durante os ensaios e violações de normas de segurança. A peça teve sua estreia adiada diversas vezes.
Com tudo isso, em março Taymor, criadora do espetáculo, que teve a trilha sonora composta por Bono e The Edge, do U2, foi afastada da direção. O roteirista Roberto Aguirre-Sacasa e o diretor Philip William McKinley assumiram os trabalhos para promover uma série de mudanças na peça. A estreia ocorreu finalmente em 14 de junho de 2011.
Em nota oficial, os produtores do musical negaram as acusações de Taymor, garantindo que a diretora já foi recompensada por seu trabalho. "Esperamos que a justiça dê uma oportunidade para resolvermos esta questão de uma vez por todas", afirma o documento.
Em junho deste ano, a direção do Empire State se negou a dedicar por um dia a espetacular iluminação noturna do arranha-céu ao musical, cuja cena mais impressionante acontece no topo de outro grande edifício de Nova York, o Chrysler.
"O Homem-Aranha e o Empire State são dois dos ícones mais queridos da cidade, portanto esperamos que haja alguma maneira de reunir ambos na noite de estreia", disse o porta-voz da produção musical.
Os produtores de "Spider-Man: Turn Off The Dark", estimulados por Bono e The Edge, propuseram aos donos do Empire State que na noite da estreia, o arranha-céu mais alto de Nova York dedicasse sua iluminação ao Homem-Aranha e sua cúpula luzisse de vermelho e azul.
No entanto, no musical, o super-herói nova-iorquino mantém uma épica batalha com o Duende Verde no topo do edifício Chrysler. Os donos do Empire State disseram que aceitariam a solicitação dos produtores se estes modificassem a cenografia para que a batalha acontecesse ali, e não nas conhecidas coroas do Chrysler.
Esta opção, porém, seria complicada, pois a decoração que simula o Chrysler é formada por móveis e alguns deles são caros e dificilmente substituíveis, especialmente a menos de uma semana da estreia, segundo explicou os produtores.
O jornal "New York Post" citou uma fonte não-identificada do Empire State que garantiu: "Adoramos o Homem-Aranha, mas este é o edifício de escritórios mais famoso do mundo e um ícone de Nova York". Essa mesma fonte acrescentou que ter omitido o Empire State do cenário "não é a primeira infâmia do musical", em referência à infinidade de problemas enfrentados pela produção de US$ 70 milhões.
Por fim, o Empire State se iluminou de vermelho, branco e azul pela celebração nos Estados Unidos do Dia da Bandeira.
Do site: Terra