The Edge completa hoje 63 anos de idade!
O Innovation & Tech Today conversou com The Edge para descobrir como o U2 integrou tecnologia, arte e talento musical para fazer a inauguração do Sphere.
Depois de verem o Sphere no início da construção e se sentirem equipados para assumir o local de tecnologia, o U2 usou inovações impressionantes, como o sistema de áudio Holloplot e a tela interna do Sphere, que revolucionaram a experiência do público.
O U2 no Sphere foi a celebração perfeita da música e da tecnologia. A apresentação da banda no Sphere celebrou seu álbum seminal de 1991, 'Achtung Baby', e a turnê ZOO TV que definiu a indústria.
Innovation & Tech Today: Como você ouviu falar do Sphere pela primeira vez e o que você pensou inicialmente sobre o conceito de unir arte, rock e tecnologia incrível?
The Edge: Ouvimos falar do Sphere pela primeira vez por meio de amigos que estavam envolvidos e de forma independente por meio de nossa equipe criativa. Isso foi em 2020. Fomos questionados extraoficialmente se consideraríamos ser a primeira banda a se apresentar no Sphere. Então, Bono e eu fomos visitar o local em construção em 2021 para ver as demonstrações audiovisuais em Burbank e conhecer a equipe.
Quando vimos a tecnologia que eles estavam desenvolvendo e entendemos o potencial do Sphere, nos convencemos de que desenvolver um show de rock 'n' roll para ele era um desafio para o qual o U2 estava excepcionalmente qualificado.
I&T Today: O Sphere ostenta recursos tecnológicos impressionantes. Como essas tecnologias melhorarão a experiência do público durante suas apresentações?
The Edge: O sistema de áudio da Holloplot é extremamente versátil e permite áudio imersivo em grande escala. Sonoramente, ele tem todo o espaço para chacoalhar o local. O edifício é esférico, mas o teto é 80% permeável com enormes quantidades de tratamento acústico acima da tela. É notavelmente controlável sonoramente. Estamos confiantes de que permitirá o melhor som de qualquer local comparável.
A tela interna é o que torna o Sphere tão revolucionário. É tão grande e em resolução tão alta que nos permite translocar virtualmente nosso público para um tempo e lugar diferentes, seja um local existente, uma realidade virtual ou uma realidade completamente inventada. É meio alucinante. Prevemos que os fãs podem sentir alguma desorientação leve, mas esperamos que nada avassalador.
I&T Today: Você não é um estranho à inovação pioneira. Você se referiu a esse compromisso como um "lançamento de local". Quais elementos únicos o U2 trouxe para a inauguração do Sphere e como você imagina que isso mudará o cenário do entretenimento ao vivo?
The Edge: Sphere foi concebido e projetado inicialmente para experiências cinematográficas imersivas, e será incrível para isso.
A razão pela qual as pessoas querem ir e ver o U2 ao vivo é por causa de nossas músicas. Eles são nossos chefes e nos dizem o que fazer. Em relação à experiência que criamos, trata-se de procurar como os visuais podem colidir com nossa música e a performance da banda de uma forma que extraia algum tipo de significado elevado.
Quando isso acontece na frente de uma plateia ao vivo, é algo muito poderoso de se fazer parte. É algo comunitário, como uma espécie de catarse sincronizada. O que muitas pessoas não sabem é que nós também sentimos isso.
I&T Today: Como os recursos de som inovadores do Sphere, como beamforming e wave field synthesis, afetam a maneira como você toca e interage com seu público em comparação com locais de show tradicionais?
The Edge: Com o Sphere, a intimidade do sistema de áudio se torna disponível em escala. Além disso, temos que tocar com muita precisão porque cada pequena falha é óbvia. Acho que a banda terá que enfrentar o desafio e isso aumentará a qualidade da experiência.
I&T Today: Por que a música é um meio tão poderoso para conectar e mover muitas pessoas e até mesmo ser uma força para a mudança?
The Edge: Dizem que a música é a forma de arte definitiva porque não requer explicação. A música está de alguma forma conectada à nossa psique, portanto, é como uma linha principal para nossa vida emocional. Quando se trata de conectar pessoas e galvanizar ações, as músicas são superpotentes. Apenas dois regimes tentaram proibir a música. Mao durante a Revolução Cultural e o Talibã. Ambos para garantir o controle total da população.
Quando Bono e eu visitamos a Ucrânia e a área anteriormente ocupada pelas forças russas, foi apontado que havia um buraco de bala na cabeça de uma estátua do famoso poeta ucraniano Taras Shevchenko. Eles obviamente entenderam o poder que suas palavras tinham para galvanizar a resistência à tentativa deles de intimidar a Ucrânia à submissão. Música e poesia sempre serão um recurso para os oprimidos e para ajudar a trazer mudanças positivas.
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