The Edge em entrevista no ano de 2002:
"Com 'The Unforgettable Fire', a música se tornou tão forte quanto a voz de Bono. Algumas pessoas nos criticaram por fazer dela apenas um elemento entre outros. Eles disseram que o U2 estava se tornando artístico e descolado. Mas era algo mais profundo e duradouro.
Algo nos levou ainda mais longe para 'Achtung Baby'. Dissemos que o álbum era o U2 derrubando 'The Joshua Tree' e é a verdade. No entanto, quando começamos aquele disco em Berlim, tivemos alguns momentos difíceis. Foi na virada da década. Nós até perguntamos um ao outro se talvez devêssemos apenas dar uma pausa e esperar para ver o que aconteceria.
Por uma ou duas semanas, a inspiração simplesmente fugiu. Nada. Nós nos olhávamos, imaginando o que estava acontecendo. Bono e eu queríamos ritmos mais contemporâneos, Larry e Adam estavam com medo de que estivéssemos apenas tentando ser fashion. Até que – no final de três dias gastos em uma música, que desesperadamente carecia de algo, eu me sentei ao piano, procurando por acordes que pudessem nos mostrar o caminho a seguir. Então eu peguei um violão e propus duas ideias para os outros. Eles sugeriram que eu as juntasse. Eu voltei ao piano para fazê-lo, Bono pareceu ser atingido pela inspiração e começou a cantar. Adam e Larry se juntaram a nós, e, por dez minutos, orbitamos essa progressão de acordes. Ela se tornou a base de "One", e de repente tudo se encaixou. Todos nós sabíamos que tínhamos encontrado a chave. Três meses de demos, novas gravações no estúdio, mas nós passamos pela tempestade com o álbum do qual eu, sem dúvida, mais me orgulho".